Batimento Cardíaco

sábado, 30 de junho de 2007

Nús da alma #80

Etiquetas:

sexta-feira, 29 de junho de 2007

:-)

Que lhe adivinhasse no sítio das costas onde gostava de ser beijada. Que lhe entrelaçasse os dedos nos dedos dela em qualquer lugar, só para a sentir mais próxima. Que a fitasse nos olhos enquanto falavam. Que lhe transmitisse paz em momentos menos bons. Que lhe soubesse dizer que não quando ela o merecia ouvir. Que lhe fizesse as vontades quando ela o merecia. Que a aconchegasse de noite ao dormir. Que lhe abrisse a porta e lhe desse passagem. Que lhe tocasse no pescoço com as pontas dos dedos enquanto estavam à espera para serem atendidos. Que lhe dissesse muitas vezes baixinho ao ouvido o quanto gostava dela. Que lhe ligasse de surpresa. Que a acordasse de manhã tocando à campainha com um saco de pão quente. Que adivinhasse que ela estava cansada e numa sexta-feira aparecesse em casa com um filme de DVD. Que muitas das vezes nem fossem necessárias palavras para se entenderem. Que arranjassem um código para se dizerem que se tinham vontade um do outro, quando estavam no meio de amigos. Que gostasse de praia. Que lhe lesse histórias na cama antes de dormir. Que enlaçasse os pés durante a noite. Que deixasse a mão a repousar na sua barriga enquanto conversavam deitados. Que lhe conhecesse o corpo. Que gostasse de passeios. Que lhe penteasse o cabelo com os dedos. Que gostasse de abraços... e beijos. Que a compreendesse. Que a aturasse... Que a encontrasse...

Amor, Curiosidade, Prozac e Dúvidas#

«Terás muitas paixões, disse a minha carta astral. Um escudo de amores intensos e fugazes. Um rosário de nomes enlaçados por beijos. Alguns deles sóbrios, alguns deles ternos. Mais altos ou mais baixos, castanhos ou morenos, há-os de todos os tipos. E todos são definidos por uma causa comum : a virilidade que se lhes revolve inquieta entre as pernas.»


Etiquetas:

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Santo António já se acabou...#


É hoje a noite em que o espaço da feira de S. Pedro de Sintra se enche, onde se podem ouvir uns grupos musicais e o ar está impregnado do cheiro da sardinha assada e dos pães com chouriço. As barracas ao jeito de tasca com as toalhas plásticas de quadrados a taparem as tábuas corridas que fazem as vezes de mesas. Gente, muita gente que amanhã fica em casa e que passa ali o inicio da noite. Outra tanta que amanhã trabalha mas que não quer perder a festa por nada. Festa é festa e há mesmo quem só se atreva a um pézinho de dança depois de uns copos a mais.
*
Imagem do Google

Não obrigada#

Quando um homem traí uma mulher, quando toda a gente sabe que isso aconteceu. Quando esse homem se arrepende e decide voltar para a mulher, quando essa mulher o aceita. Nada de especial acontece. Os outro homens acham normal, as mulheres interiormente criticam e pensam que não o aceitariam, mas não dizem nada. Apenas acontece um encolher de ombros.
Já quando uma mulher traí um homem, e toda a gente sabe que isso aconteceu, todos os homens tendem a denominá-la de cabra ou vaca ou grandessíssima puta, as mulheres idem idem, aspas aspas (infelizmente nós mulheres somos na maioria umas grandes cabras, independentemente de traírmos ou não, parece que gostamos de ver as outras na merda... mas existem excepções e ainda bem que assim é). Neste último caso, se a mulher se arrepende e tenta voltar para o homem. O homem que até ficou mal , emagreçeu mais de dez quilos com o desgosto, continua a gostar dela e até tem vontade de passar uma borracha sobre o assunto. Neste último caso, a mulher volta, mas sem que ninguém saiba, encontram-se às escondidas e ele diz-lhe para começarem tudo de novo, mas sempre às escondidas. Os pais não podem saber, os amigos muito menos.
Eu imagino que a pressão recai naqueles ombros, que o pensamento apenas repita uma e outra e ainda outra vez até à exautão que o vão chamar de corno, banana, que o gozem nas costas.
Talvez por isso, ele desista antes mesmo de começarem... se está certo? Não sei... depende da maneira como cada um consegue lidar com as memórias.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

""

Não sei porque o faço, nem sei o que me leva a fazê-lo assim desta maneira. Talvez tenha passado a ideia que pouco me importa, mas não é verdade. Já te conheço à demasiado tempo, também sei que já não é a primeira vez que o faço e que acabo por voltar atrás. Desta vez não vai ser assim, estou demasiado cansada de me desiludir contigo, de me chatear, de conversas da treta. Foi como foi. É como é. Ultimamente ando a utilizar demasiadas vezes estas expressões. Mas tu já devias ter crescido um bocadinho mais...

# 113

Sinto-me em contagem decrescente... sempre gostei de cupleaños.
Por estes dias... e as prendas hein? E as prendas? É que gosto tanto... e a familia reunida? E os amigos por perto? Como poderia não gostar desse dia que se avizinha?

Etiquetas:

#

Não consegues dormir? Eu também não, inexplicavelmente, levantei-me perto das duas e meia da manhã para aquecer leite, não o costumo fazer. Depois fui sentar-me no sofá com a televisão ligada e sem som. Vendiam-se uns aparelhos de ginástica... acho... precisava também de fazer abdominais. Não existiram motivos para que não conseguisse dormir, não estava chateada, nem nervosa, nem angústiada, talvez estivesse um pouco cansada.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Nús da alma #79

-Já não me importas!
*
MENTIROSA! MENTIROSA! MENTIROSA!

Etiquetas:

Imaginar#

Pinto as unhas dos pés. Escolho uma cor clara, quase tranlúcida. Acho que já me habituei a dar pouco nas vistas. Modo de vida. A televisão dá um qualquer programa, está alta , mas não estou a prestar a minima atenção, preciso apenas do barulho, assim não me sinto sózinha. Estou à tua espera. Todos os dias o faço, apesar de saber que não podes aparecer todos os dias. Gosto de te esperar, ou habituei-me a isso. Amo-te. Digo-te de cada vez que estamos juntos, ou quando apenas falamos. Amo-te. Como se tivesse medo que te pudesses esquecer disso. Sinto-me uma pessoa só enquanto não chegas, depois volto a senti-lo quando vais embora quase a correr porque já ficou tarde. É o que é, não pudemos mudar as coisas. Dizes isso de cada vez que deixo escapar que gostaria que fosse diferente. Nunca te pedi para ficares. Saberia que me dirias não. E de todas as vezes que sais e oiço o barulho da fechadura desejo que pudesses ficar ao menos uma vez, depois outra, depois ficares para sempre. Aconteceu. Posso nunca o dizer, mas tu sabes. Sabes da minha tristeza por ser assim. Sabes que gostaria de poder mudar as coisas. Ou mudar-me eu. Acabará por acontecer. Ninguém vive muito tempo assim. Um dia torna-se insustentável. E alguém foge. Por agora penso que não fui eu a escolher, deixei que me escolhessem a mim. Viver assim? Não posso. Não consigo. Não quero. Hoje penso nisso e sinto-me quase triste. Imaginas?

Final no ponto#

Nasci. Cresci. Escolhi. Escolheram. Aceitei. Recusei. Calei. Gritei. Fui. Voltei. Nem uma vez desisti. Esperei. Desistiram. Voltaram. Usaram. Abusaram. Abanaram. Dizimaram. Acabaram. Volto eu. Rio. Pensei que. Enganei-me. Acertei. Desejei. Fiz de conta. Achei que. Desiludi-me. Perdi. Ergui. Sonhei. Sonho. Quero. Peço. Choro. Abraço. Partilho. Vejo. Aprendo. Erro. Escolho mal. Acredito. Tento. Beijo. Vejo. Abraço. Acredito. Vivo.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Ouve-me#

É na minha hora, como se os ponteiros tivessem estado sempre ali , parados, à minha espera... Desligar, ou então adormecer como quem nega uma resposta má ou a que não se quer ouvir. Nunca o soube fazer. E na esperança que nem chegues a perguntar vou continuando imóvel... amanhã quem sabe tenderei a mudar de assunto. Hoje faço de conta de que não estou aqui... talvez um dia me percebas, então, nessa altura nem precisarei falar, porque tu me vais escutar no meio do meu silêncio.

Traduções #1

'-Maminha cucar caquiquina!'
Não fossem os gestos a acompanharem este pedido autoritário e desesperado e ainda hoje estaria à espera de ajuda para decifrar a frase.
Alguém tem de lhe explicar que nem sempre as pessoas [eu] conseguem realizar certas coisas que ele pede.
Deixar que cresça mais um pouco e depois vai ser ele a pedir para eu não o fazer [tenho um dedo que adivinha]... bendita inocência...
*
Maminha cucar caquiquina = Madrinha toca concertina

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Nús da alma #78

Tentam adivinhar-me. Percebo-o pelos sorrisos e pelos olhares discretos que me espreitam. Depois talvez achem que até me conhecem. Mas pergunto eu. Alguma vez me mostrei? Alguma vez deixei que me vissem? Poderão até achar que viram algo, terão visto na certa, mas não aquilo que sou. Viram apenas aquilo que está à mostra. Uma cara, um corpo, a maneira como ando ou como a expressão muda enquanto falo de qualquer coisa. O sorriso que sai a um comentário que pede um sorriso como resposta. A gargalhada depois de uma piada. Um conselho ou uma pergunta. E eu? Estarei assim tão à vista?
Por isso não percebo quando com ares de entendidos afirmam que sou possuidora de uma grande bagagem. Como o podem saber? Estranharíam na certa ao descobrirem que nem uma única vez cheguei a fazer as malas...

Etiquetas:

Paranóia#

«Até tudo ter acontecido, nunca acreditaria na velha advertência sobre o cuidado a ter com os nossos desejos, pois eles poderiam vir a realizar-se.

Agora acredito.

Acredito em todos os provérbios que aconselham cautelas. Acredito que o orgulho se perde antes da queda. Creio que a maçã nunca cai longe da árvore, que uma desgraça nunca vem só, que nem tudo o que luz é ouro, que as mentiras correm depressa. Acredito em tudo o que quiserem.»

Etiquetas:

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Eu sei#

Para escrever , preciso de fazer acontecer.
De que se fala quando não acontece nada de emocionante na nossa vida?

Dias

Liguei-te... os dias como os de ontem parecem-me que rendem mais. Talvez seja por saber que muitos trabalham, ou por me levantar mais cedo que a um Domingo. Ou por me ter deitado a uma hora decente. Não sei...


Fui visitar-te no teu trabalho, não iria por iniciativa minha, respeito todos os trabalhos, mas porque me disseste para ir, e porque percebi que gostaste de me mostrar o teu espaço e os teus meninos. Gostaste quando ele chamou por ti e eu ri-me com o desenvolvimento deste feijão. A vaidade que sinto faz-me cócegas no nariz. Somos amigas.

Question#

Começa hoje não é? Sinceramente... nem se nota...

terça-feira, 19 de junho de 2007

Pergunta vs resposta

Perguntei o que me dirias se soubesses ser a última vez que me podias dizer o que quer que fosse, na minha mente a ideia da frase 'beija-me como se fosse a última vez', talvez acha-se que me ias dizer algo poético, talvez acha-se que me podias ainda surpreender no meio de tanta crueza que demonstras pelos sentimentos. Dizes amo-te como se não tivesses outra opção, dizes que me queres como se não houvesse mais ninguém que pudesse receber as palavras que me dás. Palavras secas, nunca lhe senti sentimentos, apesar do que elas possam significar. Imagino um futuro ao teu lado [é inevitável que assim seja]. Gosto de ti e ao mesmo tempo irritas-me. Sei-nos tão diferentes nos gostos, teríamos serões silenciosos, quebrados pelo barulho do primeiro a levantar-se do sofá e a dizer que ia deitar-se, talvez na maior parte das vezes o outro o seguisse, talvez fizessem amor em silêncio e às escuras e depois se ajeitassem para dormir sem dizer uma palavra. Outras vezes havia quem se levantasse primeiro dizendo que se ia deitar e o outro se deixa-se ficar mais um tempo dando tempo para que o primeiro adormecesse.
Faltariam os serões em que as conversas fluiriam, em que juntos líamos um jornal, em que escolhíamos um filme para ver no cinema, ou combinávamos uma ida ao teatro. Faltariam as noites em que 'lutaríamos' pelo comando da tv, acabando por ficarmos no chão da sala e esquecendo do que nos tinha levado até ali. Ou a maneira como me metias a palma da mão na boca como que a querer dizer 'faz menos barulho', tendo os teus olhos quase colados aos meus. Faltariam tardes sentados na relva num parque qualquer, faltariam os livros que aconselharíamos a ler, faltariam passeios, faltariam conversas, faltariam fotografias, faltariam palavras...
'Díria adeus, bye'
E com tão pouco dito disseste tudo o que me pareceu ouvir...

Nús da alma #77

Aqui

Etiquetas:

Provocações?

Trouxeram-me um souvenir de Marrocos... estou sensibilizada por se ter lembrado de mim ao ponto de procurar e comprar algo para me trazer... mas um saco de açafrão? Eu nem gosto de açafrão... e ele sabia isso...

domingo, 17 de junho de 2007

# 112

E a menos de meio dia de ir trabalhar penso... 'Que rico tempo de não fazer nada.' Mas não me sinto satisfeita com isso...

Etiquetas:

sexta-feira, 15 de junho de 2007

# 111

Passas a ponta dos dedos no contorno do meu peito até me sentires arrepiar. Encolho-me e preparo-me para me encaixar mais fundo no teu abraço. Mais do que existires, é esta vontade que tenho de ti, é este feito de te amar para sempre.

Etiquetas:

Porque já passou # porque te ouvi


«Ele tem razão! Quando diz que estou a ser demasiado macia, quando diz que estou a deixar para trás aquilo que eu quero só para ficar com o pouco que ele me dá. Pergunta-me se fico neste chove não molha até fazer quarenta anos e ficar tão seca e estéril que os filhos que terei por perto serão apenas os filhos dos outros.
E o que me dizes como se fosse um abanão é:
'Eu quero-te amarga, incisiva, corrosiva, implacável, fria e segura mas com um caminho aberto à mudança'
E é isso que eu tenho de fazer agora... é o que quero!»
Quarta-feira, Setembro 13, 2006

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Limites#



Sem te dizer, dou o dia de hoje como final do prazo para me perguntares como estou. Se não o quiseres saber até mais logo, então não o vais saber em altura alguma.
Imagem do Google
[tiro pela culatra...arrasa-me perder apostas]

Conta-me como foi#

Já imagina os queixumes que vai ouvir dentro de segundos, quando olha para o ecran do telemóvel e lhe lê o nome. Desta vez disse-lhe que não, mas agora quer dizer sim, na verdade quis dizer sim mesmo quando disse o não. Pergunto-lhe porque o fez... não sabe... mas agora é ele quem não lhe atende o telemóvel, está desesperada, e isso não lhe fica bem. Esse tipo de coisas não fica bem a ninguém. Ou se quer ou não se quer. Nunca percebeu o porquê da dúvida de algumas coisas. E o estar com alguém e gostar de alguém tem de ser definido, ou sim ou não. Curiosamente já não é ela que pede conselhos à amiga mais velha, mais experiente. É a amiga experiente que lhe pergunta a ela o que fazer. Faz disso uma piada e a amiga a sério diz que a inveja por tantas certezas, por ser tão forte quando decide uma coisa, por ser tão corajosa e virar as costas sem olhar para trás uma única vez. Quer ser convencida por ela, mas diz-lhe que ela própria se tem de convencer do que quer, ou do que não quer. Sem o dizer em voz alta, pensa nas escolhas que fez e pergunta-se se foram as mais acertadas. Isto de não olhar para trás não é a cura de todos os males. As perguntas multiplicam-se. E se tivesse tentado? Bastaria apenas mais uma vez para ter a certeza... assim tinha de se convencer que fora o acertado, mesmo nunca chegando a ter a certeza.
Diz-lhe que desta vez deve ir com o machado enterrado, a outra ri-se de tal comparação. Diz-lhe para comer um gelado, para contar uma piada, para se divertir ao menos uma vez sem conversas sobre futuros, sem perguntas, sem cobranças. Só desta vez. Vai sem pensares no amanhã e depois telefona-me a dizer o que sentiste. Ela foi. Sabe que não é a solução. Mas ela iria de qualquer maneira. Ao menos desta vez que seja em paz.

Nús da alma #76

E se um dia me cruzar com o terrorista que vai fazer rebentar o meu coração armadilhado? Talvez devesse pedir reforços...

Etiquetas:

terça-feira, 12 de junho de 2007

# 110

Escolhi uma música nova para o telemóvel me acordar [preferia mil vezes que me acordassem umas mãos quentes... ou frias, como se tivessem dormido destapadas], oiço o assobio e estupidamente tento encontrar uma razão para o encaixar no meu sonho. Raramente o consigo, acabo por o esconder debaixo da almofada para abafar o som. Sei que devia saltar imediatamente da cama, embora o ponha a tocar com cinco minutos de antecedência, mas esses cinco minutos multiplicam-se por umas quantas vezes e acabo sempre por me levantar bem mais tarde do que devia.
Nunca apanho o comboio que devia, acabo por ir não no seguinte, mas dois depois, ou mais. Pergunto-me se ainda apanharei o comboio quando estiver grávida [se é que vou estar um dia], se me dão o lugar nos bancos vermelhos. E se eu entrar e houverem vários lugares vagos? Devo sentar-me nos bancos vermelhos ou posso escolher um lugar nos bancos verdes? Nunca me fez diferença viajar de costas, mas não gosto quando o sol me bate nos olhos.
Imagino-me a acordar [nessa altura] com uma mão na barriga, fria ou quente, tanto faz. Espreguiçar-me... e quando o telemóvel tocar sentir um pontapé... bem ao endireito dessa mão...
Depois apanhar o comboio... e sentar-me num lugar qualquer, no lado da janela... e sem o sol a bater-me nos olhos...
Entra uma grávida... levanto-me do meu lugar verde... [por hoje].

Etiquetas:

Os [não] amores dos outros #6



Etiquetas:

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Fragmentos de dias#

' Quando uma pessoa fica obcecada em ver um problema que não existe... acaba por atrair algum mais cedo ou mais tarde.' [ em alguma novela de fim de semana]
*
Roland Garros... cabeçalhos de jornais mostram o vencedor... Nadal... lembro-me que tenho uma raquete de ténis e que desisti de jogar mesmo antes de ter aprendido...
*
A pior parte era aquela em que sabia que o que ele lhe contava era uma mentira.
*
Saber esperar, mesmo que com isso saiba que nunca vai chegar a si o que pretende. Poderia... e se... naa... irá continuar a esperar...

Domingos#


Em princípio seria um fim-de-semana como tantos outros ultimamente. Falta-me a vontade de sair à noite, nunca fui apreciadora de uma boa imperial, sempre preferi o prato dos tremoços ou a taça dos amendoins. Desgasta-me observar tanta gente que se imita, nas roupas , nas cores, nos gestos, no falar alto, nos abraços e na representação fora de palco. Sinto-me cansada de ficar a observar encostada a uma qualquer parede, tentando ficar invisível, unindo-me às pedras, aos grafites como uma tatuagem.

Ficar sozinha não é a melhor das opções, mas existem dias em que adivinhar tudo o que vai acontecer nos faz escolher o sossego de uma casa só nossa. O sofá de repente fica com um tamanho gigantesco e deixamo-nos engolir por ele, numa tarde quente. O barulho da televisão que nos embala e nos faz fechar os olhos por instantes, o zapping de quem não tem programação definida. Achar que talvez fosse boa ideia ir tomar um banho e vestir-me para sair... passava no IKEA e depois pela feira do livro... volto a mudar de canal pela enésima vez... vagueia a mente, mas o corpo mantem-se na mesma posição. Escurece... desisto da ideia de sair... antecipo um Domingo igual a este Sábado. Toca o telemóvel...

Acordar com uma moral mais activa. Levantar-me num pulo e tomar um banho demorado. Ikea, Jumbo. Voltar a casa para arrumar as compras e preparar uma salada para o almoço. Sair com o destino marcado, descobrir um espaço aqui tão perto e que soube tão bem. Puffs na relva, lago com barcos a remos que não me atrevi a remar. Música calma como só o jazz pode ter. Deitar-me na relva e sentir o sol na pele, rir-me da vontade do meu sobrinho querer mandar-se de cabeça para a água no encontro dos uás uás... uma surpresa de tarde... que tenciono repetir mais algumas vezes... só me falta descobrir onde é a Quinta das Conchas...


Os amores dos outros #5



Etiquetas:

sábado, 9 de junho de 2007

Ufa#

Sinto que devia ter sido avisada que as pinturas a óleo precisam de tempo para serem feitas. Oito dias para secar? Oito dias? Acho que sou impaciente demais para me dedicar a obras desta envergadura. Como será com os guaches?

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Definir#



inconstante

do Lat. inconstante
adj. 2 gén.,
que não é constante;
variável *;
instável**;
volúvel***, mutável****;
infiel*****.

*
variável
do Lat. variabile
adj. 2 gén.,
que pode variar;
mudável******;
inconstante [lá voltamos nós ao inicio];
**
instável
do Lat. instabile
adj. 2 gén.,
que não é estável;
volúvel***;
movediço*******;
inconstante [cá está...];
caprichoso********.
***
volúvel
do Lat. volubile
adj. 2 gén.,
que gira;
inconstante [sempre presente];
instável**;
que se enrola em hélice num suporte (a planta).
****
mutável
do Lat. mutabile
adj. 2 gén.,
mudável******
*****
infiel
do Lat. infidele
adj. 2 gén.,
falto de fidelidade;
qualidade de infiel;
desleal;
traidor;
s. 2 gén.,
pessoa infiel;
que não professa a fé cristã tida como única verdadeira;
gentio;
pagão.
******
mudável
do Lat. mutabile
adj. 2 gén.,
que se pode mudar;
sujeito a mudança;
fig.,
volúvel.
*******
mudável
do Lat. mutabile
adj. 2 gén.,
que se pode mudar;
sujeito a mudança;
fig.,
volúvel.
********
caprichoso
adj.,
teimoso;
obstinado;
inconstante;
volúvel;
mudável;
brioso;
pundonoroso
;
timbroso;
excêntrico;
irregular;
assimétrico;
fantasista.


Como um circulo fechado, que nos deixa tontos...

Mania que também posso ser artista#

Tempo de merda, dia de merda, volto a sentir-me como nos dias em que me deixo andar na rua até de manhã e depois durmo nas horas de sol e volto a acordar com o dia a escurecer. Nessas alturas sinto raiva da escolha e penso que acabei de perder um dia da minha vida, juro que não o volto a fazer, e não faço, até a uma próxima vez em que não recuso um convite para sair.
Acordo cedo e venho para aqui, quando a minha vontade era estar bem longe. Para me chantegear compro uma tela e tintas a óleo, escolho uns quantos pinceis e rio-me às escondidas por ser a única na loja que sabe que nem sei como segurar neles. Estou farta de olhar para o relógio com ganas de me meter na alheta.

Se me convidasses... eu ia#

Pergunto-te como estás, dou a desculpa da chamada servir por me preocupar contigo e para saber como foi. Quero falar de mim, escolho-o nas entrelinhas sem ter a certeza de me ouvires também. Pergunto-te que escolha fizeste e falo-te da minha escolha em tom neutro, propositadamente de maneira a que não percebas que a fiz. Preciso de falar de mim, mas ao mesmo tempo não quero que me oiçam. Detesto mostrar-me frágil, não quero palmadinhas caridosas e penas que não me farão sentir melhor. Nunca gostei de cirandar por aí sozinha, mas por estes dias devo passar na feira do livro, vou espreitar os jacarandás em flor, só tenho até finais de Julho para o fazer. Diz-se que não são as árvores ideais para termos plantadas, mas eu gosto delas e lembro-me de Santarém da porta do sol, e se não eram também Jacarandás em flor que ladeavam aquela rua. Depois lembro-me de outras coisas que já gostaria de ter esquecido. Sempre gostei de Santarém, um dia volto lá.
Lavo o rosto a uma pintura que ficou mal feita. Agora fico com a ideia que também posso e consigo fazer algo que no fim tenha um bom resultado. Nunca fui artista, nunca lidei bem com os traços numa folha em branco, desde sempre apenas percebiam quem eram pelos balões de texto que lhes metia. Sempre lidei melhor com as letras que com as imagens. Mas também sempre gostei mais de observar do que ouvir...

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Com a mania que são 'joves'

-Bute correr?
-Bora lá!

Conversas#

Fazem-se contas a tudo, o tempo que já passou, o tempo que ainda nos falta, o tempo que estamos prestes a atingir, o limite de tempo, o aconselhável, conta-se a idade, desconta-se o tempo que falta. Descobrir que afinal o amanhã está tão mais perto que quando o pensavamos ontem. Falar nas vontades, confessar os desejos e encontrar soluções. Penso no hoje, no tempo que ainda tenho e naquele que me começa a faltar. Começo a pensar em soluções amanhã... quando esse dia chegar. Continuo sem pressa...

Post-it #2

terça-feira, 5 de junho de 2007

Por estes dias #

Quando os dias começavam a aquecer, quando chegávamos da escola e ainda era de tarde, quando faziamos o choradinho para nos deixarem ir brincar para a rua e prometia[mos] que não faria[mos] asneiras, quando ouvia[mos] o discurso sobre o não comer amoras quentes e por lavar. As promessas de umas boas palmadas se não cumprisse[mos] o prometido (ou o que nos obrigaram a prometer). O chapéu que era esquecido no muro mais próximo, por esta altura já andaríamos a cortar os carrascos para se queimarem na véspera do feriado, construiríamos um muro de verde para uma das melhores noites do ano, aquela em que andávamos cá fora até bem tarde. Bastava uma moeda de cinquenta centavos para comprar o rajá que a D. C. fazia em copos de iogurte (que depois íamos devolver quando vazios). Roubávamos temporariamente da casa da mãe da R. uma revista de fotonovela e íamos para a serra sentarmo-nos numa pedra que lá havia (e ainda há) a ler e a ver as imagens dos beijos que se davam a partir da segunda página. Víamos os rapazes construirem uma cabana de pedras e íamos buscar ramos de eucalipto para forrar o chão e tapar a porta. Passávamos horas dentro de manilhas gigantes que tinham sido esquecidas no cimo da serra. Apanhava[mos] lírios amarelos e mastigava[mos] os caules das azedas. Comia[mos] as amoras que tinhamos prometido não comer e para disfarçar levava[mos] algumas para casa (a boca suja era sempre a nossa maior denúncia, mesmo quando jurávamos). Qualquer coisa nos entretia, uma porta de frigorífico, um estendal rebentado, um carro velho abandonado, as histórias de arrepiar dos mais velhos, as pinturas das mães de algumas, a ponta de uma mangueira esquecida no chafariz nos dias mais quentes. A algazarra de um bando de miúdos onde ainda não haviam psp e computadores, mas existiam colecções de cromos e cadernetas, onde ainda não haviam canais infantis, mas haviam jogos de elástico e cirumbas, um bando de miúdos que trocava o silêncio de estarem em frente a uma tv por um par de joelhos esmurrados no jogo da apanhada... ai que saudades...

Hot#

Esta minha mania de ser friorenta e por esta altura ainda usar lençois de flanela [e então? ], está bem... começa a ser exagerado... cheguei a essa conclusão esta noite depois de não conseguir encontrar posição confortável para dormir, virar a almofada quinhentas vezes à procura de um espaço frio e empurrar os lençois com os pés para o fundo da cama. Hoje já tenho tarefa quando chegar a casa...
Durante o dia ando tão descalça quanto consigo... o calor chega-me sempre primeiro aos pés...

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Frases de engate#

'És mesmo o meu estilo.'
*
[Como se pode chegar a essa conclusão apenas por observar uma foto? Não será precipitado?]

# 109

Fico desiludida quando me batem com a porta na cara. Mas fico incapaz de bater para que a voltem a abrir. Sou daquelas pessoas que se sente convidada apenas quando chega lá e ela está aberta.
Infelizmente também tenho de admitir que já fechei a minha porta por diversas vezes, ainda meti a vassoura de pernas para o ar atrás da porta... mas não surtiu efeito... abandonei o lar... e construí uma pequena cabana, onde deixo sempre a porta aberta num convite mudo a entrarem... sempre gostei de receber visitas.

Etiquetas:

Post-it #1

domingo, 3 de junho de 2007

Escolhas#

Sinto-te... imagino um sorriso de bom dia e um beijo leve de boa noite...
... acredito em telepatia [só agora] e digo-te um boa noite sem abrir os olhos... [não fui eu que te disse para ires embora]
... sem volta, quem já partiu um dia [sem ao menos se despedir].

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Vicíos#

O mau é provar....