Batimento Cardíaco

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Nús da alma # 124

Nostalgia é imaginar que só voltarei a repetir o dia de hoje quando tiver 38 anos.

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Os amores dos outros # 19



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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Obrigada pai e mãe#

Ando a ler um livro que hoje me deixou angustiada. Na parte em que uns pais mesquinhos que apenas se preocupam com as aparências, acabam com uma filha sem pensarem no mal que lhe podem estar a fazer.
Orgulho-me de pertencer onde estou, nunca em momento algum tentaram interferir com as nossas escolhas, os conselhos mesmo que não seguidos são ouvidos, se cometermos um erro, é nosso e sabemos que no fim não vamos ouvir a irritante frase 'eu avisei...'

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Quero acreditar em fadas#

...arrepiam-me as invejas...

Nús da alma # 123

Sem divisões, sem mudança no tamanho dos passos, sem olhares acossados, ou altivez arrogante. Sem escolha de palavras bonitas, sem planear, sem medo, sem defesa. Vence quem tem a coragem de se deixar ver como é. Com defeitos. Sem surpresas.

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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Post-it#

-Gostas dele?
-Sim, gosto!
-E ele de ti?
-Também...
-Então isso é o mais importante.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Nús da alma # 122

O melhor da sexta-feira?
A proximidade que tem do fim de semana ...

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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Pequenos ditadores#


Prazeres#

Gosto de letras. Gosto de palavras. Gosto de pensamentos transformados em palavras escritas. Mas não me lembro de aprender as palavras, lembro-me das imagens. Tenho na ideia de que demorou pouco tempo, pela pressa de aprender a ler as imagens. Depois lembro-me de saber juntar as letras e formar palavras, que lia nos placares de anúncios, ou nos toldos das casas comerciais, enquanto andava de carro com os meus pais. Lembro-me das gargalhadas quando lia algo com um acento inventado ou fora do sitio... e perguntava: ' o que quer dizer?'. Lembro-me dos livros, das revistas, das legendas da televisão.
Gosto de palavras. Gosto das letras que as formam. Gosto das histórias que nos contam. Dos segredos que partilham.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Malinche#

«A nora estava há já algum tempo despida e de cócoras, fazendo força penosamente mas sem conseguir dar à luz. A sogra prevendo que o fruto não conseguisse passar pela pélvis, começou a preparar a faca de obsidiana com que partia aos pedaços o corpo dos fetos que não chegavam a nascer. Fazia-o dentro do ventre das mães, para que estas os pudessem expelir com facilidade e, desta forma, pelo menos elas salvassem as suas vidas. De súbito, a futura avó - ajoelhada diante da nora - conseguiu ver a cabeça do feto emergindo da vagina e retrocedendo no momento seguinte, indicando-lhe que provavelmente trazia o cordão umbilical enrolado no pescoço. De repente, uma cabecinha espreitou entre as pernas da mãe, com o cordão umbilical entre os lábios, como se uma serpente amordaça-se a boca do bebé. A avó interpretou essa imagem como uma mensagem do deus Quetzalcóatl que, em forma de serpente, se enrolava no pescoço e na boca do seu futuro neto.»


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terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Nús da alma # 121

Não que me faça falta marcar o [nosso] tempo, até porque um dia vai ser tanto que fica dificil fazer essa tarefa. Entretenho-me então a marcar [decorar] os momentos. Gosto de os lembrar, partilhar contigo [e sorrir] de cada vez que o faço. Gosto de te ouvir contar como foi, ou o que pensavas, adoças-me os sentidos com as memórias que trazes e que [tão bem] encaixam nas minhas. Por isso vou guardar o som da música que tocava enquanto dançavamos [tão juntinhos] vou saber identificar o cheiro adoçicado que o forno deixava escapar. Vou poder fechar os olhos e saber ao que me cheirava a tua nuca, ao que me sabia a tua pele nos beijos com que te salpicava o pescoço.


Gosto de dias assim, em que apesar de não fazermos nada me sabem a tanto, e tudo isso porque te tenho perto [de mim] .

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Oa amores dos outros # 18


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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Ui ui #

Depois de mais de meio ano sem lá meter os pés, decidi em conjunto com uma amiga, voltar às caminhadas matutinas no estádio nacional. Sem preparação física ou espiritual, lá achamos que aquilo não custaria nada e fomos de sorriso na cara e ânimo leve...
Resultado: Éramos sempre as duas últimas do 'pelotão', corremos por duas vezes para tentarmos ficar pelo menos a meio do grupo, 'cortamos' caminho outras duas vezes... para chegarmos em último...
Pior... desde ontem que tenho uma dor insuportável nos músculos frontais das coxas... baixar-me é um sacrifício e levantar-me é um castigo. Mas a parte pior é saber que fomos 'batidas' por pessoas na sua maioria com idade superior a 60 anos...

Nús da alma # 120

Não sou grande apreciadora de chuva, ainda mais quando sei que tenho de andar na rua. Mas aceito... passo por cima... fecho os olhos... enfim... vá lá...
Agora relampagos e trovões... é pá! Isso é que não... que brincadeira mais parva...
Se fosse que que mandasse...

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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Família#

Ontem olhava para o D. , para a alegria dele na chegada dos avós a casa, por começar a cantar os parabéns ainda antes da chegada do bolo. Absorvia-lhe os gestos nos chamares de atenção, na excitação de estarmos todos sentados à mesma mesa. Gritava 'todos' repetidamente e depois dizia o nome de cada um. Fez-me pensar que nunca senti tanta proximidade assim dos meus avós. Apenas conheci os avós paternos, um avó que chorava e ria ao mesmo tempo e que passava o dia inteiro numa cama, pedindo ajuda para o virarmos. Morreu quando eu tinha 9 anos, nunca tinha visto um morto na minha vida, não sei porque a minha tia o destapou quando chegamos. Hoje percebo porque é que a minha mãe nos arrancou dali dando a desculpa que precisavamos beber um galão quente. Mas não foi a tempo, ainda hoje é aquela a última imagem que tenho dele. Mas também me lembro de quando nos sentavamos em cima da cama dele para jogarmos às cartas. Tinha um baralho daqueles de cartas pequeninas, achava-lhe piada, mas nunca me deixaram jogar, diziam que era pequena demais. Mas apesar de não saber jogar, teria gostado de segurar nas mãos pequenas aquelas cartas pequeninas. Depois cresci, mas o meu avô já não conseguia sentar-se na cama, e acho que se tinha esquecido de como se jogava às cartas. O baralho continuava em cima da mesa de cabeceira do lado dele, mas naquela altura já estava inutilisado com a ausência de algumas cartas. Mesmo assim, lembro-me de ficar por ali a baralhar as cartas como se fossemos os dois jogar uma partida. Depois ele pedia-me para eu o virar e eu empurrava-o com a força que uma miúda de sete ou oito anos pode ter. Agradecia-me com um sorriso na cara e as lágrimas a caírem.
Nunca brinquei com ele.
A minha avó era uma mulher dura. Calejada da vida acho eu. Não deve ter tido uma vida fácil, mas sobreviveu, teve uma dúzia de filhos e viu oito deles a crescerem, às vezes de longe. Deveria gostar deles à sua maneira... também... não teve uma familia convencional, desconfio que não devia ter sido desejada pela sua mãe... quem sabe teria apenas sido um deslize... uma vergonha... nunca se falou muito disso. Cresci com ela por perto, nunca me apertou nos braços, nunca me deu grandes beijos, mas lembro-me do peso das mãos dela quando me ouvia tratar a minha mãe por tu. O você ainda é utilizado hoje, ganhei-lhe o hábito e nunca o conseguirei perder. Apesar de tudo gostava dela, ajudava-a com os sacos, chamava-a para as refeições lá de casa, escutava-a na hora do terço, e achava que a devia ajudar a arrumar a casa porque estava velhinha. Mas isso saiu-me caro. Desconfiou de mim, fez-me chorar e jurar que não tinha sido eu [não fui], fez-me sentir vergonha e desespero. Descobriu-se tudo. E eu descobri que já não gostava dela como antes, descobri que já não sentia vontade de a ter por perto. Só a ía chamar quando era obrigada. Cresci. Amaciei com ela. Perdooei. Cortava-lhe os bigodes e arranjava-lhe as unhas. Quando estava distraída punha-me a olhar para ela à procura das parecenças que diziam termos as duas. Não foi apenas culpa minha, foi das duas. Hoje quando vejo algumas pessoas falarem da proximidade que tiveram dos avós, tenho pena de não ter estado assim tão próximo dos meus. Olho para o D. , para a paixão que ele tens pelos dele e peço a Deus que o ajude a crescer com eles sempre por perto. Porque sinto a sorte que ele tem de ter pessoas assim que o amam com um amor de tal maneira grandioso que se torna dificil de descrever. Somos felizes.

Nús da alma # 119

Nunca em momento algum da minha vida tive inveja ou senti ciúmes dos amores dos outros. De todas as vezes que os percebia sentia uma espécie de admiração.
E nas vezes em que 'perdi' eu para ganhar outro alguém sentia apenas a tristeza de ainda não ter chegado a minha vez. [Hoje] decobri porque tinha de ser assim.

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Assédios assíduos#

Não quero chegar à recta final da minha vida a comprar ceroulas [mesmo que a desculpa seja a de que são quentinhas] ao meu marido ou companheiro. Não quero levar uma amiga da minha idade ao armazém de roupa para ouvir os piropos meio fora de moda, do proprietário do armazém, que se divorciou à meia dúzia de anos e ainda usa brilhantina num cabelo descaradamente colorido por tintas baratas.
-Deixo beijinhos para a menina X.
-Oiça lá... já alguma vez viu entregar uma mercadoria que não chegou aqui? [estava a pedir-lhe beijos? ... descaradão!]
Apesar do ar de despeito e da falta de resposta antes de sair dizendo um apressado até amanhã, percebeu-se nitidamente o prazer de ser assediada daquela maneira... afinal entrou sem intuito de comprar fosse o que fosse, encostou o peito ao balcão e teve uma conversa parva, e dizendo até amanhã deixou que se percebesse que era uma visita assídua daquele sítio.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Dias são dias... #

O que é isto do amor? Que sentimento é este que nos invade o peito e não nos deixa respirar tranquilamente? Que nos acelera o batimento cardiaco e nos rouba o pensamento? Que nos faz rasgar na cara o maior de todos os sorrisos impossibilitando-nos de o segurar? O que é isto do amor que nos faz sonhar e desejar? Que nos faz andar ligeiros nas nuvens, de mãos dadas e a olhar tudo o que nos rodeia como se tivesse pintado de fresco com cores fortes? O que é isto do amor? Que nos faz sentir saudades, escrever mensagens em tons baixinhos e aprisionar o olhar nas fotografias que tiramos juntos? O que é isto do amor?
Se pergunto o que é, é porque quero saber quem é o causador de tamanha felicidade...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

# 152

Telefonaram-me numa grande galhofa só para me dizerem que o meu nome tinha sido excluído do jantar anual das encalhadas. Não agonizei com isso, afinal falhei todos esses jantares... sempre dá jeito em algumas alturas ter um pai que faz anos no dia dos namorados... patarecas...

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Provérbio#

'Não declares que as estrelas estão mortas só porque o ceu está nublado.'

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Nús da alma # 118

Ela disse 'esqueci-me' com um encolher de ombros, como se não tivesse qualquer importância... eu lembrei-me que essa é uma palavra que temo no meu futuro... o esquecer-me do meu passado...

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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Rien#

Existem Segundas-feiras assim como esta 'chaladas' em que não me apetece fazer nada... mas que tenho de fazer...
... vá lá... está mesmo a terminar...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Os amores dos outros # 17


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Mais palavras de alguém... e perzebe-lo?




Vou convencer o meu pai a comprar uma para a minha mãe no dia dos namorados#

Até a vou comprar eu se ele quiser...

Desilusão#

Ela sabia que era uma miúda, na altura em que o começou a apresentar aos amigos notava a cara de choque de alguns... pior ainda foi a reacção dos pais depois de ele sair lá de casa, na primeira vez que a foi levar depois de um jantar e cinema. 'Não faças isso minha filha! Ao pé dele és uma criança!', blá, blá blá...
Os amigos eram mais discretos, falavam nas costas, percebia isso quando chegava e tentavam mudar de assunto escandalosamente.
Mas afinal tinha feito 19 anos, já não era assim tão miúda e o facto de ele ter 34 fazia dele uma pessoa responsável que devia saber bem o que queria. Ao inicio notou-lhe algum desconforto quando soube que pretendia tirar um curso superior... entre dentes dizia que isso iria atrasar a vida deles. Quando entrou teve dele todo o apoio que podia ter, inclusivé fez questão de lhe oferecer o fato de cerimónia e capa. Os fins de semana começaram a ser passados lá em casa, os pais dela acabaram por o aceitar e gostarem bastante dele, querendo saber muitas das vezes a opinião dele em vez de quererem saber das dela. Eram felizes, tudo corria na perfeição, os carinhos eram uma constante entre eles.
Por isso ficou tão dificil perceber que ele andava distanciado, apesar de não se descurar em relação aos dois. Percebia-lhe o olhar ausente em algumas ocasiões, e das vezes em que lhe perguntou o que se passava, obteve como resposta um 'nada' e uma mudança de assunto bastante discreta que nunca lhe levantou qualquer desconfiança.
O relacionamento deles tinha ultrapassado os dois anos, os meses passaram e ela acabou por perceber que se passava qualquer coisa... perguntou-lhe, foi franca, directa e pediu-lhe o mesmo da parte dele. Foi o abrir do estanque, ele desesperado por aquele momento balbuciou que o amor dele por ela tinha acabado, que gostava dela como amiga, como uma grande amiga... mas que não sabia se queria continuar a ser namorado dela, pediu-lhe tempo para pensar, pediu-lhe para ela não se afastar até ele perceber o que se passava na cabeça dele. Ela aceitou, e com tudo o que ele lhe disse achou que era apenas um mau momento que haveria de passar.
Enganou-se... passado um mes soube que ele estava com outra pessoa... e agora ao fim de um ano soube que dentro de dois meses vai ser pai... Dava a novidade aos amigos que o conheceram e dizia não se importar com nada... talvez se estivesse a convencer a si própria que assim era... mentia... sem perceber que apenas mentia a si própria... existem coisas que para serem esquecidas têm de ser choradas primeiro... só depois se pode seguir em frente.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

As palavras dos outros#


Momentos de sonho#



« Um pai autoritário, orgulhoso, cheio de preconceitos, uma filha rebelde, tartufa, decidida e astuta, fora de série da sua geração.»

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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Carnaval 2008#




Já não tenho grande folia para me mascarar, mas admiro quem o faz, Acho mais piada ao mais pequenos ou aos mais velhos... Torres já não surpreende quem lhe conheçe as andanças por estes dias, a grande fatia de mascarados são as matrafonas com cabeleiras postiças, meias de liga e cabelos no peito. Sobem para cima dos carros que vão aparecendo [alguns deles não chegam ao final da noite], dançam de perna aberta, estão sempre a sacudir os cabelos para trás, os batons que usam são sempre de cores berrantes e não respeitam a linha dos lábios, quem as quer ver é com o copo da cerveja na mão...
Depois um grupo de estrunfes, uns quantos luke lucks, um casal de noddys que se cruzam com um noddy mais pequeno e lhe acham piada [ou teria sido o pequeno que lhes achou piada a eles?], uns quantos com máscaras a preceito que recriam personagens da corte real. Monstros mesmo feios, o scream, fadas e bruxas, piratas e policias, e ... mais policias bem equipados [oops...estes eram a sério esperavam em linhas com capacetes nas mãos] alguns talibans e dançarinas de ventre. Copos a mais, excessos e recintos a estoirarem de gentes. E assim são os carnavais... parece que já não trazem nada de novo... e transpiram a ideia de que só se entra no espirito depois de uns bons copos bebidos...

O meu amor#


Os amores dos outros # 16


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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Mudam-se os tempos...#


Medo... medo#

A circolandia instalou-se lá bem perto de casa... só espero que tenham as portas das jaulas todas muito bem fechadas...
... estás a ouvir, Carlitos?