Batimento Cardíaco

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Enlevo#

Ter uma boa conversa é a maneira mais fácil que tenho no aliviar da alma.

Paciência

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou à valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera por algum mau e a loucura
eu finjo que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz a gente espera
do mundo o mundo espera de nós um pouco mais de
paciência
Será que é tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder e quem quer saber ah
vida tão rara tão rara.
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma eu sei ah
vida não para
A vida não para não
Será que é tempo que lhe falta para perceber
Será que temos esse tempo pra perder e quem quer saber
a vida é tão rara tão rara
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei a vida não para
a vida não para não
A vida não para
Lenine

# 108

Pintura de Bruno Di Maio
Um dia talvez te conte um segredo, não agora, ainda não encontrei as palavras certas que o possam descrever...

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quarta-feira, 30 de maio de 2007

Nús da alma # 75

Por achar que nem sequer andava perto daquilo que desejava para mim, começei a embrenhar-me em caminhos cheios de obstáculos. Pela descoberta de ver como era, para sentir novos sentires, para cheirar novos odores, para quem sabe talvez me envaidecer de ser corajosa... ou curiosa. Cá dentro apenas tinha o desejo secreto de acertar mesmo sem querer. Nunca o admiti, mas era isso que eu pensava, e se eu acertar? Agora que já percorri algum percurso desse caminho desconhecido, penso se valerá a pena de continuar, mesmo correndo o risco de não chegar a parte nenhuma.
Inteligentemente deveria voltar ao caminho principal, manter a minha margem, e mesmo que não consiga caminhar nas duas margens simultâneamente, sei que de um lado consigo vislumbrar o outro...

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[Com imagem mental]

Não percebo muito de nada... percebo um pouco de muita coisa...

Help!

Não há hipótese... não consigo suportar este homem, irrita-me solenemente, até o som que faz ao respirar. Porquê as piadas parvas logo pela manhã? Hoje não por favor, acordei mais cedo que o normal, dormi mal pela preocupação, cheguei ainda não eram oito e meia... eu mereço descanso hoje... vá lá fazer qualquer coisinha no seu gabinete... ou também terá aderido à greve? Xiça...

terça-feira, 29 de maio de 2007

Olha... parece mesmo o 'eu'...


E encontrei aqui... estou in love...

Saber aceitar que acabou. Meter o . no final


Quando pensei em te fazer a pergunta, segurei a vontade por uns bons minutos. Conduzias e tive receio que pudessemos ter um acidente. Depois deu-me uma vontade enorme de me rir e virei a cara para a janela para que não me visses, apesar de ser de noite. Não era um riso de alguém que se sentia feliz, parecia quase um esgar de alguém que antecipava tudo o que ia acontecer.
Esperei uma recta e lançei as palavras de sopetão: '-Quando vamos ter um filho?'
Era o principio do desmoronar daquilo que eu tinha construido no ar, como castelos, mas sem alicerces ou formas visiveis...qualquer coisa parecida à construção feita pelas mãos de uma criança.
A partir dali foi apenas a confirmação de que não haveria filho, não haveria futuro, não haveria a palavra tu e eu ligadas pelo hifen. Tu não tinhas prometido, mas eu tinha estado à espera este tempo todo, como se pudesses mudar de ideias a qualquer momento. Acabou... tão simplesmente como tinha começado, com lágrimas... um acabar lento de uma noite em branco. De abraços apertados e beijos na fonte, de lágrimas no escuro, de sorrisos que queria compreender. As desculpas não se dizem, evitam-se apetecia-me gritar. Mas ao mesmo tempo sabia que não o devia fazer, deveria ser um fim tão calmo como o principio, deveria ser um apagar e não um cortar. De repente dei-me conta que eras tu o pai que eu queria para os meus filhos. Não nenhum que me desejavas nessas frases de circunstância, eras tu, mesmo que não prestasses como me dizias para me convencer. Encolhi os ombros a todas as coisas que me dizias. Como se fosse um sim, quando nem tinha em atenção ao que dizias, ocupava-me a ter pena de mim, a concluir que mais uma vez fiz uma escolha errada.

Nos seus devidos lugares#

PARABÉNS MÃE!
Parabéns A.!
*
Não devias nem questionar a minha escolha. Assim dás-me vontade de te dar uma resposta 'malvada'. Mas os parabéns são sinceros

Fogo nas mãos#

Impressionante o fogo que me provocas, o que me fazes desejar. O calor no corpo, a imaginação a mil. Sem precisar ver-te, sem precisar tocar-te. Odeio-te por isso... pelo que escreves, pelo que me fazes sentir... porque sei que não serei a única a sentir-me assim. Irrita-me saber que sabes o que provocas, que te sentes poderoso, que escarnas da mulheres e que te damos mais assuntos para escreveres. Depois falas de uma aqui, de outra acolá, como se nenhuma delas existisse, como se fossem apenas fruto da tua imaginação. Seremos então as tuas cobaias... nós mulheres... nós as que sucumbimos às tuas divagações, nós que queremos para nós aquilo que tu dizes querer ter para ti... nenhuma de nós quer dividir, nenhuma de nós está disposta a sacrificar os sonhos por um minuto de prazer.

# 107

Perguntavam-me como posso eu não gostar do cheiro de terra molhada. Questionavam-me como se estivesse a cometer uma falta indesculpável.
Não gosto, faz-me faltar o ar, faz-me lembrar o muro alto do cemitério onde ia todas as semanas ainda em miúda. Do cheiro das flores em putrefacção que se amontoavam junto ao chafariz onde podíamos ir buscar os baldes de água. Naquela altura era tão pequena que ainda não sabia ler. E depois de prometer que não me afastava para sítios onde os olhos da minha mãe não me pudessem ver, caminhava entre túmulos e distraía-me a ver as fotografias, os anjos em pedra, as flores, um pouco abaixo havia um que não era coberto por pedra mármore como o nosso e a maioria dos restantes. Aquele era baixinho, não tinha fotografia, apenas um número dourado numa tabuleta preta. Mas o que me fascinava eram os vidrinhos que cobriam o chão, emoldurados por uma pequena parede branca. Pedaços de vidros de todas as cores. Cores fortes como o vermelho, o amarelo, o azul. Destoava de toda a cor que nos envolvia naquele espaço. Imaginava quantos copos foram preciso partir para conseguirem aquilo tudo.
Depois algumas vezes corria e a minha mãe ralhava-me dizendo que ali não se podia correr nem brincar. Antes de virmos embora ela rezava, eu gostava de me meter ao lado dela com as mãos entrelaçadas. Ainda não sabia rezar. Ainda não percebia porque ela o fazia.

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segunda-feira, 28 de maio de 2007

Nús da alma #74


E de todas as vezes penso em como seria se tivesse sido de outra maneira. E em todas as vezes imagino uma história diferente. E em todas as vezes gostaria de ao menos uma vez ter tido a chance de agarrar nas hipóteses com as duas mãos ou escolher eu os caminhos. E em todas as vezes maldigo este coração que se governa sózinho e não me deixa ter mão nele... E se... e se... como resposta às coisas de que não sei o porquê.

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Saber ficar

Com sabor a fruta da época, com pedidos de desejos, com mãos macias, com sussurros, com companhia, com verdades, com vontades, com segredos, com quereres.

domingo, 27 de maio de 2007

Tiro pela culatra

Quando o telemóvel tocou e me dirigi a ele para o atender não pensei em ti no outro lado. Ligaste para gozares, para saberes se ainda me mexia... se as dores eram muitas.
Lamento desiludir-te... estou bem... sem dores, sem movimentos cortados ou músculos presos... e quem se riu no fim fui eu com os gemidos que ouvi deste lado...

sábado, 26 de maio de 2007

Programas


Estádio nacional, 10 da manhã, algumas dezenas de pessoas, música alta, aquecimento. Partida, lagarta, fugida... ninguém corre, a ideia é mesmo andar. Paragem a meio para esticar as pernas e fazer força com a barriga. Subidas, poucas descidas, as conversas escutam-se por todos os lados, o cheiro das árvores, da relva. Chegada, alongamentos, a música é novamente ligada alta.
Gostei. Estarei lá no próximo Sábado... oxalá não chova...
Agora vou alí à feira de Sintra e já venho...

sexta-feira, 25 de maio de 2007

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Imagem do Google

Faz-me lembrar alguém... a música é soberba, a ideia fenomenal... só não gosto é da bebida...

http://www.youtube.com/watch?v=hUIBrv4QeB8

Nunca esquecer#

-Fomos ao cinema, enquanto esperavamos para entrar, passei-lhe os braços pelo pescoço e abraçei-o. Dei-lhe beijinhos no pescoço e senti-lhe a rigidez do corpo. A única coisa que lhe estavam a provocar os meus carinhos era desconforto. Olhava para todos os lados a ver se estavam a olhar para nós.
-E fez alguma coisa para que o largasses?
-Não... mas notei-lhe nitidamente o desconforto.
*
Falta de afectos diz ela, relacionamentos apenas fisicos, acrescento eu , tudo o que servia para justificar o seu comportamento. Depois falamos nos beijos. Falei do importante que é para mim estar com uma pessoa que saiba beijar bem. Também não sou muito de demonstrações carinhosas em público, deixam-me retraída. Mas gosto de beijos envolventes, bem dados. E enquanto falavamos lembrei-me dos melhores beijos que já [dei] recebi na minha vida.

Polaroids de Figuras Extintas

" A Monroe morreu precisamente no fim do que os fotógrafos chamam a «hora mágica» com a sua «luz mágica»: a luminosidade dourada do fim do dia em que todas as peles parecem vitalizadas e todas as cores alucionogéneas. Morreu precisamente no ponto em que os cinzentos e os azuis começam a não se distinguir. Hoje , 4 de Agosto de 1994, o dia que foi este está já a regredir na memória, memória que pode ou não ser apagada."


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quinta-feira, 24 de maio de 2007

uáte?

-Aí uante tou be in louve.
-Iú uáte?
-Uéle, aí uante felingue sometingue.
-Iú are craizí.
-Aí noue.

...

Temos um ninho de pomba na floreira aqui do escritório... e tem um ovo... como gostas mais? Cozido? Mexido? Em gemada?

* 59

A parte melhor era quando ele lhe beijava a fonte porque pensava que ela estava a dormir. E ela sentia o seu sentir, de que faziam de conta que era amor o que tinham ali naquela cama. Estava sempre escuro, imaginava-o a tocar-lhe ao de leve mas com os olhos fechados. E suspirava sem sequer abrir os olhos. Sempre deu continuidade aos seus faz de conta, aninhava-se no seu peito e aspirava o cheiro do seu pescoço.


As melhores partes eram aquelas em que representavam a melhor das histórias de cordel , aquelas em que eles fingiam que se amavam e dormiam como se fossem ficar para sempre.

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Constatações#


Hummm é bom... é mesmo bom... (só faltou por ali o Clooney a servir)
Imagem do Google

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Quero ver #


Vai ser a loucura... o porquinho, a cabrinha, o cócó, o uá uá, o cão, o muu , o mémé e o ióh... em outro saco levo um papo, porque tudo o que é verde é papo... até os crocodilos... desta vez arranjei um papo de verdade... (acho que tem problemas de tiroíde... digo isto pelos olhos esbugalhados)...
Ops e com tanta emoção acabei de engolir a pastilha elástica... vou ligar ao trim trim doí doí

Sim?

Vou meter-me-te pelos olhos adentro, vou fazer-me-te suspirar e desejares-me ver-me-te a todos os instantes. Vou invadir-me-te os sonhos e fazer-me-te acordar a suar de madrugada. Vou fazer-me-te pensar que sem mim-tu tudo perde o sentido. Vou sorrir-me-te ao contar-me-te uma piada, vou beijar-me-te de cada vez que tiver-me-te vontade e dizer-me-te ao ouvido que sou-me-te feliz contigo na minha-tua vida.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Pois, pois#

Hoje durante todo o dia foi só ver, de um lado, camelos... do outro, grandes ursos.
Isto de estar virada para o Jardim Zoológico tem muito que se lhe diga...

O meu 'Meme'

Ena... o Bom Jardim acabou de me tramar... 'passou-me' o meme... o que é isso? Vou ter de ler outra vez o que isso significa e já volto...
Ok acho que apanhei a ideia... mas pelo sim pelo não faço um copy paste do que ele explica... assim o trabalho é menor...
[Numa leitura mais atenta, percebi (mais ou menos...) que um meme é um "gen ou gene cultural" que envolve algum conhecimento que se passa a outros contemporâneos ou descendentes. Os memes podem ser ideias ou partes de ideias, sons, desenhos, capacidades, valores estéticos e morais, ou qualquer outra coisa que possa ser aprendida facilmente e transmitida enquanto unidade autónoma. Simplificando: é um comentário, uma frase, uma ideia que rapidamente é propagada. Este neologismo foi criado por Richard Dawkins dada a sua semelhança fonética com o termo "genes".] ... e não.... não é batotice...
Pois a seguir partilho a receita do primeiro bolo que fiz, que foi a minha mãe que me ensinou por ter sido o primeiro bolo que ela fez, e que eu já ensinei a uma menina princesa, apesar de não ser minha filha, era o primeiro bolo que ela fazia.
Bolo Pobre
Ingredientes:
3 ovos
1 chávena de açucar
1 chávena de farinha
1 chávena de leite
raspa de limão
1 colher de fermento
três colheres de chá de canela (ou mais...dependendo da intensidade do sabor pretendida)
*
Modo de preparação:
Juntar os ingredientes todos numa caçarola, bater com a batedeira, untar uma forma com manteiga e polvilhar com farinha. Deitar o preparado e levar ao forno ... hummm acho que é 180º... deixar estar algum tempo sem abrir e depois ir quando acharmos que já está (pela aparência), espetar um palito e só retirar do lume se o palito sair seco. Desenformar e voilá... um rico bolinho de canela.
Passa ao outro e não ao mesmo...
Tenho de escolher? Não me apetece... que responda quem quiser... eu sei... estou a ser fatela...

Mau Maria#

E ainda a angústia pelo pesadelo desta noite, acordei a soluçar e com uma sensação de desespero no peito. Não consegui voltar a adormecer de imediato por causa do vento a fazer ranger os estores. Na mente uma espécie de ladaínha: 'sonhar com a morte deles é dar-lhes longa vida'.
Detesto madrugadas despertadas assim.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Já me esquecia de comentar#

Os pássaros que frequentam o café Vela Latina são uns desavergonhados... comem connosco à mesa...

'A tipica expressão... menina com mãos de lume'

Ok... já faltava uma coisa assim... já começei a fazer bosta no template.... e o pior... não sei como a desfazer...

Dias

Voltou tudo ao normal... e eu lentamente normalizo... lentamente...

domingo, 20 de maio de 2007

Só digo adeus quando é para sempre#

Nem sei o que me prefiro, se encantada de amores de peito em chamas e água nos olhos de cada vez que penso em ti. Ou assim vazia de ventos e com o coração quase parado. O medo da desistência dos sentimentos. As noites voltaram a ser mais curtas que os dias, ainda me pergunto por onde andarás tu que corpos envolverão as tuas mãos ou que promessas tens feito. Talvez não as faças... não és homem de promessas, mesmo que não o tenhas percebido ainda.
E agora que deixei de sentir, pergunto-me outra vez como estás. Não com a dor de te sentir a fugir, mas apenas com a curiosidade que me caracteriza. Em cada papel arrumado, rasgado, olhado lembro-me de tantas coisas que se passaram. Abri o peito, deixei de ter o aperto que tinha e o mais estranho de tudo é que por vezes parece que estou apenas a observar a vida passada de outra pessoa que não a minha.
Assim são os Domingos por estes dias...

Escolhido: Palácio da Ajuda








Jantamos?





A única coisa que me incomoda nestes sítios é o cheiro a mofo...

sábado, 19 de maio de 2007

Ui#

É impressão minha ou está um vento assustador? Não... não é medo, é mais 'não gosto' deste uivar...

sexta-feira, 18 de maio de 2007

what?



-Acabei de te acender uma vela.

-Foi? E o que pediste para mim? Saúde? Amor? Prosperidade?

-Sim e não só...

-Então? Que mais?

-Pedi primos para o D.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

resultado: positivo

Foi sem dúvida uma semana diferente daquilo a que estou habituada. Voltei a dormir com uma barra de protecção lateral na cama (tinha uma que me acompanhou desde a infância até meados da adolescência, enquanto dormia num beliche), tive três almofadas à cabeceira da cama para acompanhar toda a largura. Dormi com um urso, um coelho e um cão. Repeti infinitas vezes, cão, gato, urso, leão, sapo, passarinho, tartaruga, lobo, lua e os nomes de todas as ilustrações dos livros infantis. Cantei a canção do vi um sapo, do Ruca, do fantasminha, das galinhas, do canguru, da rosita, do noddy, da machadinha, da saia da carolina e outras inventadas na hora, verdade acabaram todas por ser inventadas, já que de todas as músicas que mencionei, não sei a letra de nenhuma delas, apenas pequenos trechos que acompanhei com nas nas nas e lás lás lás. Mas sublinho que o meu público, ainda... repito... ainda, não é um público exigente e que no fim de cada actuação minha era recebida com um bater de palmas entusiasta. Simplesmente um espetáculo... Não poderia esquecer a tourada que era a hora do deitar, com pés afincados na barriga, cabeçadas no nariz, mãos a puxarem-me os braços, kikis quase inaudiveís de quem não quer receber o sono, pedidos de áua, nana e não , como se fosse uma palavra mágica (andei estes dias a insistir no sim... mas ainda só recebemos uns quéo).
E um dia destes escreverei sobre o medo que se me implantou na barriga com a ideia do que é ser mãe e ter de abdicar de todo o meu tempo para o dedicar a outra pessoa... mas ainda estou a amadurecer essa ideia aqui dentro e todas as dúvidas que me surgiram por estes dias... o que me lembro de ter pensado inúmeras vezes foi ' eu não consigo aguentar um ritmo destes'.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Eu nem devia estar aqui#

Últimos preparativos, agora anda tudo com os nervos à flor da pele, o tempo escasseia com uma rapidez nunca vista. Entre arrumar a casa para a 'dispensar' a familiares que vêm de fora, fazer uns doces, comprar uma echarpe (socorro ainda não a tenho!), a mala (socorro estou na mesma situação com a echarpe), passar no banco, andar com as sandálias calçadas para me ir habituando, procurar toda a vestimenta do noivo e ir buscar a camisa à lavandaria (socorro ninguém sabe que ainda lá está), não me atrasar para a manicure, fazer a depilação, passar na minha mãe para ver o que ainda falta. Confirmar se a mana fez a encomenda na pastelaria. Não esquecer de levar a coberta para o carro da noiva, e não esquecer alfinetes de ama. Ir ajudar a mãe a fazer fritos esta noite e não saber ainda onde vou dormir. Estou nas lonas... querem melhor vacinação que esta para ficar anti-casamentos? Eu não... para mim chega... e vou embora que nem devia estar aqui... só estou a fazer tempo com as sandálias calçadas... gluppp

terça-feira, 8 de maio de 2007

Volta#

Manhã cinzenta
faz-me chorar
a chuva lembra
o teu olhar
As folhas mortas
caem no chão
a dor aperta
no coração
Quanto eu não daria
para poder
voltar atrás
volta p'ro meu peito
daqui não saias mais
Pedi amor
p'ra te encontrar
na solidão
do teu olhar
No teu olhar
se perde o meu
também no mar
se perde o céu
Quanto eu não daria
para poder
voltar atrás
volta p'ro meu peito
daqui não saias mais.
Rodrigo Leão in Volta

Voltarei dentro de uns dias#


A8
Sem parar...

O que se diz por aí#

'Os homens têm o hábito de abotoarem o coração até ao topo'
Jornal da noite

O que se diz por aí#

'Os homens têm o hábito de abotoarem o coração até ao topo'
Jornal da noite

Ciclos#

Nem tudo pode ser mau. Serviste para eu ultrapassar um mau momento, uma desilusão. Talvez o problema por eu ser assim. Por acreditar no que me dizem, por achar que não existem motivos para mentiras. Se bem me recordo, confidenciei com uma amiga que tinha encontrado o meu homem. Estive feliz uma meia dúzia de tempo. Gostava e era gostada... simplesmente perfeito. Desejava-o com uma intensidade que já nem sabia sentir. E quando ele me disse que me queria para sempre... então nessa altura achei que nunca voltaria a sentir tamanha plenitude. Queria ser o pai dos meus filhos! Tantas foram as mensagens, os beijos, as chamadas a horas tardias, as carícias. Amava-o tanto... mas tanto... que no momento em que toda a ilusão ruiu achei que jamais voltaria a sentir fosse o que fosse. Depois disso a nossa história continuou. Estupidamente deixei-me usar pensando que alguma coisa poderia mudar... tentava convencer-me com a frase 'Ele tem de gostar de mim para me procurar...'
Meses... precisei de todo esse tempo para cair em mim e decidir libertar-me do que não me fazia bem. Tu já existias na minha vida, não estava apaixonada, gostava de ti, de estar contigo, num gostar simples de quem se sente bem, depois passaste a ser um cicatrizante, nessa altura tenho a certeza que se deixasses de dar noticias eu não me importaria. Semanas, meses, o tempo decorreu sem eu sentir nada mais que uma boa amizade por ti. Tu dizias sempre que não te querias prender, que tinhas saído de um relacionamento e que estavas a gostar da liberdade que tinhas, como se achasses que eu estivesse apaixonada por ti... eu ria-me...
Um dia deixaste de dar noticias, a princípio não me importei, mas depois, senti-te a falta. Senti-me abandonada e achei que pelo menos devias ter dito um adeus. Afinal eu merecia isso no mínimo. Passaram-se alguns meses. Um dia tenho o teu nome no visor do meu telemóvel. 'Atendo!', 'Não atendo!', mais forte do que aquilo que sentia foi o querer saber porquê. Porque o tinhas feito, porquê essa falta de consideração por mim. E soube, soube tudo o que te consumia, as noites mal dormidas, os choros, o amor que não era correspondido, soube também de outras tantas coisas que aconteceram na altura em que ainda nos encontrávamos. Hoje pensando com lucidez e afastamento percebo que o meu maior erro foi querer ultrapassar tudo o que soube como se não tivesse causado qualquer sentimento cá dentro. Hoje sei que nunca te devia ter aberto novamente a porta da minha vida.
Por duas vezes fui a sutura das tuas feridas, a limpeza da tua solidão. Depois de cicatrizado, depois de nada doer... que falta te poderia fazer?
Não pensaste nem um bocadinho na ferida aberta que deixaste deste lado?
Não... não estou amarga. Até porque a ferida aberta já cicatrizou, volto a utilizar a frase que já me disseram algumas vezes 'Tu precisas de bater no fundo para voltares à superfície', sim... deixaste-me lá em baixo... mas já estou aqui de novo... subi sózinha, com a força dos meus braços, com a minha vontade... e orgulho-me disso.
E se penso em tudo isto... é porque agora e sarcasticamente se volta a aproximar de mim quem tanto me fez mal em tempos... e curiosamente, como uma espécie de humor negro... agradeço-te por tudo isto... porque agora estou preparada para o mandar ir dar uma volta sem pudores...

[]

Como uma explosão

segunda-feira, 7 de maio de 2007

A ver#

Em todos os momentos juntos fui feliz contigo.
Em todos esses momentos, fui por minha própria vontade.
Em todos esses momentos me apeteceu ficar.
Em todos esses momentos vim embora relutante.
E guardei na memória cada pedaço desta história.
Que apesar de curta, para mim, foi tão intensa, desejada... sofrida quando chegou ao fim.
Os meus maus momentos aconteceram sempre que estava sózinha, depois de ficar sózinha.

Dias meus, teus... ok... dias vossos#

Ok... eu agora me confesso... o coração anda com um batimento meio acelerado desde à algum tempo, mas o que me deixa meio irritada é estar assim por excesso de actividades laborais, por preocupações que nem deviam ser minhas, por falta de tempo e impossibilidade de conseguir resolver tudo atempadamente. E o pior... as férias estão aí... e nessa altura irei desaparecer de circulação, não porque vá para fora, não porque me vá divertir ou simplesmente apagar para não fazer nada... o meu desaparecimento vai dever-se a trabalho... muito trabalho! Trabalho que me arranjaram sem perguntarem se eu estava interessada. Só que ao mesmo tempo não tenho como recusar... simplesmente não posso recusar... vou andar com as mãos cheias de farinha e pão ralado... vou conduzir uma noiva vestida de maneira normal e apenas com um véu na cabeça... vou andar às voltas com fraldas, papas e biberons de leite... vou ter noites mal dormidas e miminhos para aplacar as saudades...
... porque é que será que tenho o feeling que quando voltar ao work vou estar mais cansada que nunca? (porque gosto de ter feelings... porque nunca se concretizam...)

nús da alma #73

Existem coisas que não consigo perceber, nem aceitar. Na vida todos os momentos são unos, ou deveriam ser, pelo menos para mim são. Não repito uma frase para duas pessoas diferentes, não volto a utilizar uma piada, não recrio um ambiente. Gosto de pensar numa pessoa e lembrar-me das coisas únicas que vivemos, em situações que tenhamos rido até não poder mais. Nos sítios que fomos visitar, nas fotografias que tiramos.
Não voltaria a posar na mesma posição, não voltaria a determinados lugares com outras pessoas, não voltaria a fazer os mesmos pedidos, não voltaria a utilizar imagens que de alguma maneira teriam sido nossas... É uma questão de sensatez... é uma questão de respeito... é uma questão de preservar as memórias...

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sexta-feira, 4 de maio de 2007

# 106

Cacém, 2006
Quando me falaste a primeira vez no teu anjinho bom e do teu anjinho malvado, ri-me, como se fosse esta a única reacção para tamanho disparate.
Hoje penso no que disseste e chego à conclusão de que por agora esta batalha foi ganha pelo meu anjinho bom... se é que tenho algum...

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[]

Segundo o que acabei de ler no 'Borda d'água', no próximo domingo haverá uma chuva de estrelas cadentes.
Estarei atenta.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

#

Lisboa, Fevereiro de 2007
Nunca afirmei estar no meio das palavras que me cercam, estou para lá delas, ou até mesmo onde não podem ser vistas...

Assim não chego lá#

Queixo-me de nada, não é? Lamento-me da sorte que tenho e digo que não tenho sorte alguma, como não consigo derramar lágrima nenhuma, aprendi a chorar-me nas palavras que vou deitando. Vou andando aos tropeções, meio embriagada de uma vida que vou sorvendo sem parar, às vezes sem sentir. Aceito qualquer esmola, porque não aprendi ainda a sentir-me com alguma coisa que valha a pena. Queixo-me... por me queixar? Eu não sinto! O problema foi sempre esse, querer sentir e nunca chegar lá perto. Parto, fico, chego, saio. Escondo-me, faço-me de forte, vou comprar uma capa para voar. Estou triste, é só por isso que me queixo. Porque me faltam tantas vezes os momentos em que me poderia sentir em paz, em que poderia dormir em paz, em que teria sonhos de paz.
Mas não tenho jeito para isso, para me deixar ficar em paz, procuro tudo o que me possa amassar, espicaçar, trucidar. E depois queixo-me... e não vou a lado nenhum.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Assustador#

Sei que tenho um problema de dificil resolução, o consumismo tomou conta de mim...
... descubro isso quando tenho vontade de comprar uma máquina de costura por causa do bom preço, quando nem sequer sei pregar um botão...

# 105

Almada, 25 de Abril de 2007
E a cada estrondo, a cada rebentamento, a cada exclamação de quem estava presente, deixei cair ao compasso de todos os sons um coração que já não sei comandar... no fim alguém varreria a praça de toda a sujidade por ali deixada.

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Nús da alma #72

Não é uma coisa bonita de se ver, mas como tudo na vida existem coisas que não conseguem esconder o feias que são o asco que podem meter. Por isso o acto de te vomitar pode ser muita coisa, mas bonito não é. Agonias-me, deixas-me as tripas às voltas, roubas-me o sono. Deveria odiar-te por isso... mas não quero... só peço que saias de mim, que te consiga extrair sem deixares raiz. Deveria não olhar para trás uma única vez!

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terça-feira, 1 de maio de 2007

A dois#

Devias falar-me sempre com palavras mansas, passar-me o braço pelos ombros e deixar deslizar as pontas dos dedos pelo braço, pela perna. Mesmo quer a atenção estivesse presa à televisão. Assim iria sentir que me sabias ali, e gosto quando o fazes, me prestas atenção sem prestares atenção. Na certa adormeceria com a cabeça no teu ombro e na hora de acordar pediria com voz de mimo que me levasses ao colo... caíriamos ambos na risada... perfeito...