Se me convidasses... eu ia#
Pergunto-te como estás, dou a desculpa da chamada servir por me preocupar contigo e para saber como foi. Quero falar de mim, escolho-o nas entrelinhas sem ter a certeza de me ouvires também. Pergunto-te que escolha fizeste e falo-te da minha escolha em tom neutro, propositadamente de maneira a que não percebas que a fiz. Preciso de falar de mim, mas ao mesmo tempo não quero que me oiçam. Detesto mostrar-me frágil, não quero palmadinhas caridosas e penas que não me farão sentir melhor. Nunca gostei de cirandar por aí sozinha, mas por estes dias devo passar na feira do livro, vou espreitar os jacarandás em flor, só tenho até finais de Julho para o fazer. Diz-se que não são as árvores ideais para termos plantadas, mas eu gosto delas e lembro-me de Santarém da porta do sol, e se não eram também Jacarandás em flor que ladeavam aquela rua. Depois lembro-me de outras coisas que já gostaria de ter esquecido. Sempre gostei de Santarém, um dia volto lá.
Lavo o rosto a uma pintura que ficou mal feita. Agora fico com a ideia que também posso e consigo fazer algo que no fim tenha um bom resultado. Nunca fui artista, nunca lidei bem com os traços numa folha em branco, desde sempre apenas percebiam quem eram pelos balões de texto que lhes metia. Sempre lidei melhor com as letras que com as imagens. Mas também sempre gostei mais de observar do que ouvir...
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