Batimento Cardíaco

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Fantasia Para Dois Coronéis e uma piscina...#

'' - Enfim, o pintor ficou curado, depois de uma sucessão de banhos que deve ter durado vários dias. Nunca mais pintou. Casou-se. Se calhar é feliz, lá no Porto. Foi um favor que lhe fizemos...
- E tu?
- Dez dias de prisão disciplinar. Não fui capaz de saltar o muro... Apresentei-me à porta de armas, todo pintalgado de verde, a dizer que queria tudo em sentido já, e o tenente mandou-me logo para a pildra.
- É espantoso.
-É, pois! Bem que me lixei depois nas promoções.
- Não, o que é espantoso é que essa história, passou-se comigo. Contei-ta ainda naquela noite em que tu vieste cá pela primeira vez...
- Que é que tem! Aqui não há ressentimentos. Pronto, para a próxima és tu a contar...
Os dois Coronéis consideraram-se, muito sérios e meditativos. O Coronel Bernardes, interessou-se pelo jornal e o Coronel Lencastre observou meticulosamente as unhas. Um cão ladou ao longe. Outro respondeu.''

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A Filha de Rasputine#

'' Depois da fúria da Revolução Russa ter «varrido» Nicolau e Alexandra do trono da Rússia Inperial, foi criada uma comissão especial para investigar as «forças obscuras» que causaram a queda dos Romanov. A atenção centrou-se em Grigori Rasputine que, referenciado como 'santo' e com poderes 'sobrenaturais', esteve sempre muito perto do trono.
A comissão interroga então Maria, a mais velha dos filhos de Rasputine, que relata os dias de uma Russia em tumulto, onde a poderosa influência de seu pai, uma verdadeira ameaça à sua vida. Enquanto crescem as conspirações contra ele, Maria debate-se com a verdadeira natureza de Rasputine - os seus desenfreados apetites carnais, as relações misteriosas com a imperatriz e os rumores de envolvimento em cultos religiosos secretos.
A Filha de Rasputine, trata-se, no fundo, de um romance onde Maria revela como tentou (em vão) salvar o pai, quem realmente o matou e, sobretudo, os segredos perversos escondidos pelos assassinos.''

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Eragon#

''Na noite após o regresso de Carvahall, Eragon decidiu testar a pedra como Merlock tinha feito. Sozinho no seu quarto, pousou-a na sua cama e colocou três ferramentas
ao lado dela. Começou com um macete de madeira e bateu levemente na pedra. O contacto produziu um som subtil. Satisfeito, pegou na ferramenta seguinte, um pesado martelo de couro. Ouviu-se um repique pesaroso quando tocou na pedra. Por fim, bateu-lhe com um cinzel. O metal não lascou nem arranhou a pedra, mas produziu um som espantosamente nítido. Depois de produzir o seu último som, pareceu-lhe ouvir um leve guincho. (...) Conformado com a impossibilidade de resolver o mistério, pegou nas ferramentas e devolveu a pedra à sua prateleira. (...) De repente, apareceu uma racha na pedra. E depois outra, e outra. Paralisado, Eragon inclinou-se para a frente, ainda com a faca na mão. No cimo da pedra, onde as rachas se encontravam, uma peça pequena mexia-se como se estivesse a balançar-se em qualquer coisa. Depois, elevou-se e caiu no chão. Após uma nova série de guinchos, uma pequena cabeça negra espreitou do buraco, seguida dum corpo estranhamente angular. Eragon apertou a faca com mais força e segorou-a com firmesa. Em breve, a criatura saiu completamente da pedra. Manteve-se quieta por um momento, e depois deslocou-se para o luar.
Eragon encolheu-se, em choque. Em frente a ele, retirando às lambidelas a membrana que o envolvia, estava um dragão.''

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