Batimento Cardíaco

quarta-feira, 30 de abril de 2008

# 160

E agora a modos que já vejo qualquer coisinha... e vou de mini férias... amanhã é sabado, depois domingo, depois sábado e depois domingo novamente.... iupiiiiii

Cruz credo! #

Começo a achar que tenho um fetiche qualquer pelo hospital amadora sintra, assim uma coisa levezinha que chega sem avisar e me faz ter um achaque de qualquer coisa que me obrigue a passar por lá... cruzar-me com o senhor segurança da entrada que rapa as patilhas [alguém lhe diz que aquilo parece que está de capacete, por favor? Eu acho que ele acha que está na moda...], cruzar-me com o segurança da entrada que nos diz a mesma coisa que a enfermeira da triagem disse e ele ouviu ao mesmo tempo que nós, assim uma espécie de tradutor que não traduz coisa nenhuma... Depois seguir as risquinhas roxas do chão até chegar ao serviço [menos mal... em tempos ao voltar do serviço dei por mim na copa do hospital... errei numa esquerda qualquer], esperar um tempo infinito até ser chamada, voltar a sair e esperar mais um tempo infinito até que a enfermeira chegue, ficar num WC sem pias ou lavatórios, com três cadeiras onde dilatam a vista e nos mandam esperar às escuras. Fazer amigas. A senhora que é diabética e pesa 120 kilos mas que não é nada gulosa, aquilo é a doença que também lhe rouba a visão, mora no cacém e não compra óculos de lentes progressivas porque acha que não se vai habituar a eles. Andam a fazer-lhe lazer, mas ela acha que eles lha andam a queimar a vista toda porque continua a ver tudo nublado... tem uma filha que tem 33 anos e teve leucemia aos 12, agora apareceram-lhe uns caroços na garganta e entrou na monopausa antes dos 30. Depois entra a outra senhora que mora na quinta da samaritana em belas, só foi ali porque acha que tem os óculos fora de prazo e porque anda com uma dor na vista que lhe repuxa a carne e lhe mete a pele feia. Tira os óculos para eu ver... mas eu já não vejo é nada, nem as horas quando quase enfio o relógio dentro dos olhos... digo-lhe que não consigo ver, mas ela insiste, a minha irmã teima em fazer palhaçadas gestuais à minha frente... porque sabe que só lhe vejo o vulto e a reconheço pela cor das calças. A senhora volta a insistir que precisa de um receituário para uns óculos novos. Ali não passam receitas de óculos, ali mandam ir a uma consulta de oftalmologia para lhe serem receitado os tais óculos. A senhora diabética queixa-se que tem a filha doente, diz que estão desconfiados de mais alguma coisa nela e fala de arremesso à senhora dos óculos, lembrando-a que vê mal mesmo sem as gotas... sinto-me apertada ali dentro, estou contra a porta e já não vejo nada nítido.
Voltam a chamar-me para observação... é das enxaquecas... deveria ir a um neurologista por causa delas... diz um... devia marcar uma consulta de oftalmologia para me serem receitados novas lentes diz o outro. Estou à espera de consulta desde outubro do ano passado, digo eu!
Quando saio de dentro do consultório apercebo-me que a minha irmã anda a fazer apoio psicológico aos doentes da urgência...

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Nús da alma # 130

Existem palavras pelas quais não nos importamos de viver cem mil anos, só para as podermos ouvir um dia...

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quarta-feira, 23 de abril de 2008

As palavras dos outros#

Ouve o que te digo xuxa... hoje em dia é muito dificil estar com alguém... olha que é mesmo f*****... porque são mais as vezes em que dizes que sim quando queres dizer que não, e que dizes que não quando queres dizer que sim. Deixas de ser o único a escolher as coisas e tens de aprender a ser levado algumas vezes. Por isso é bom que te prepares para que as coisas não corram sempre da maneira que tu queres e como estás habituada. Quando escolhes viver com alguém estás a perder metade das tuas vontades e a ganhar o resto em vontades de outra pessoa. E se te estou a dizer isto é porque te conheço e sei que estás habituadinha a fazeres aquilo que bem te apetece... e mais... não entres nas coisas contrariada... se decides ser levada, nessas coisas tens de meter o coração ao largo e deixar para trás das costas... porque um braço torçido logo ao inicio de uma caminhada doí como o caraças e acaba por se soltar na pior das alturas...

Os amores dos outros #24



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terça-feira, 22 de abril de 2008

Question#

E eu de boca aberta fico enquanto penso... mas se casam porque acham que se for preciso resolvem na hora... porque não se deixam ficar quietos para a eternidade, mesmo antes de casarem?

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Nús da alma # 129

Se tens uma dúvida... se queres ter uma resposta... então não mandes outro fazer a pergunta... nem estejas à espera que apareça alguém com a mesma dúvida que tu...
Se tens uma dúvida... pergunta. A resposta vem como resultado, nem que não seja aquilo que estavas à espera de ouvir.

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:(

Este meu Benfica dá-me cabo do coração...

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Os amores dos outros # 23


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Decido-me pela vida!

«Decide-te pela vida, decide-te por um emprego. Decide-te por uma carreira, por ter família. Por um televisor dos grandes, por máquinas de lavar, carros, cd's e abre-latas eléctricos. Decide-te por teres saúde, colesterol baixo e seguro dentário. Decide-te por uma taxa fixa de pagamento da hipoteca. Decide-te por alojamento temporário, decide-te a ter amigos. Decide-te por roupas práticas e malas a condizer. Decide-te por fatos completos em vários tecidos diferentes. Decide quem és nas manhãs de Domingo.
Decide-te por te estupidificares vendo concursos idiotas na tv e por enfardares só porcarias. Decide-te a acabares a vida apodrecendo num lar nojento, uma vergonha para os egoístas que geraste para te continuarem. Decide-te por um futuro. Decide-te pela vida.
Porque iria eu fazer tal coisa? Decidi não me decidir pela vida, mas por outra coisa.
E a razão...
Não há nenhuma razão.
Quem precisa de razões havendo heroína?»
Trainspotting

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Que chatisse... agora não vou saber o que querem... ou quem é...

Era anónimo... não me apeteceu atender...
Era anónimo umas 52 vezes...
Era anónimo e não me apeteceu atender umas 52 vezes...
É anónimo...
53...
Não me apetece atender...
É anónimo e não me apetece dizer que agora não é uma boa altura para responder a questionários, confirmar números de contribuinte ou moradas...
É anónimo e não me apetece aderir a nenhuma oferta de net ou televisão por telefone...
É anónimo não me apetece dizer que não vou comprar nada...
É anónimo... e não me apetece atender...
Talvez porque quando eu ligo nunca sou anónima para ninguém...

Segredos de Familia#


« A neve começou a cair várias horas antes de ela entrar em trabalho de parto. Primeiro, alguns flocos, no céu cinzento carregado do final da tarde, e depois os redemoinhos e turbilhões em volta dos beirais do espaçoso alpendre da frente. Ele permaneceu ao lado dela, junto da janela, observando as fortes rajadas de neve ondearem e depois flutuarem até ao chão. Em toda a vizinhança, as luzes acenderam-se e os ramos despidos das árvores embranqueceram.»

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terça-feira, 8 de abril de 2008

Nús da alma # 128

Eu sei que não tenho motivos para estar triste. Mas estou. Assim uma tristeza melancólica. Algo a que não sei dar a culpa. Talvez seja do tempo. Talvez seja da chuva. Talvez seja do fado.

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segunda-feira, 7 de abril de 2008

# 159



Nunca me lembro de ter comprado nada em feiras de velharias, mas sempre me lembro de não ficar indiferente a nenhuma por onde tenha passado. Mesmo que não me fique a caminho, gosto de deambular por entre as bancadas com loiças antigas, peças de latão, crochets amarelecidos, máquinas de escrever, chávenas de café, sapatos usados e coisas que não me passaria pela cabeça encontrar ali. Quando passamos eu olhei uma primeira vez para a bancada e vi crachás, joias de pechisbeque, um candeeiro velho... e ali estava ele... verde, um desenho antigo ovalado e saliente na capa, o fecho ferrugento e as palavras em dourado ' O meu diário'... como um convite... a bancada estava sem ninguém... peguei nele e senti uma ansiedade crescente... e se não tivesse nada escrito? Com dificuldade tentei abrir o fecho, a chave caía pendurada por um cordel enegrecido pelo tempo. O vendedor aproximou-se e em jeito de brincadeira disse que não me ia deixar ler sem comprar, eu ripostei que apenas queria ver se estava realmente escrito e ver se percebia a letra, de que me serviria comprar um diário que depois não conseguiria decifrar? Ali estava a letra... 1981... alinhada, acertada numa folha sem linhas, como se tivesse tido esse cuidado... não estava nem meio... 5 euros... voltei a fechá-lo... pousei-o... perguntei-me o que estaria ali escrito, se seriam segredos, ou apenas conversa de deitar fora. Na conversa com o vendedor e depois de ele me provocar dizendo que tinha o bichinho... disse-lhe que apenas pensava se a pessoa que o escreveu soubesse que estava ali a ser vendido a uma pessoa qualquer... como se sentiria? Ele respondeu que a pessoa em questão já não estava viva. Mesmo assim... pensei nos meus infantis diários de adolescente que ainda guardo... pensei no desagrado que sentiria por os saber à venda numa feira de velharias.

... mas a realidade é que ainda me pergunto... que coisas estariam escritas ali? É verdade... o bichinho da curiosidade veio e não foi embora...

Imagem do Google

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Os amores dos outros # 22



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sexta-feira, 4 de abril de 2008

Saborosa inocência é...

... quando tapamos os olhos com as mãos achando que assim ninguém nos vê.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

# Má


Sei que sou má quando me apetece ter uma bola de Bowling para deitar abaixo todas as pessoas que param no lado esquerdo das escadas rolantes...

Nús da alma # 127

Acordei aflita a pensar que me tinham descoberto pelos acentos fora de sítio.
Depois fui procurar por isso para saber se me tinha de alguma maneira deixado ver...
Não me encontrei em lado nenhum. Voltei a deitar-me e dormi o resto da noite descansada.

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quarta-feira, 2 de abril de 2008

É fascinante#

'Já não se fazem casamentos como antigamente!', desde sempre que me lembro desta frase, se os meus pais e pessoas da geração deles o dizem, também me lembro de a minha avó o dizer em relação às gerações depois da dela. As coisas vão mudando, as coisas sempre foram mudando, e ainda bem que assim foi.
Embora ache que não se deve entrar num relacionamento de animo leve. Embora ainda me faça uma espécie de confusão quando oiço: 'Vamos viver juntos a ver o que isto dá.' , ou muitas das vezes alguém deixa escapar 'Vivo junto, porque se não der dá menos trabalho na hora de vir embora.'.
E pergunto-me como se entra assim num relacionamento mais sério, para mim viver junto é a mesma coisa que casar, apenas não se assinaram uns papeis. Jamais entraria numa coisa destas se não tivesse as minimas certezas. Tenho de saber que é aquilo que quero, e não posso estar a pensar que depois se vê o que dá... se entro já a pensar que não dá... é muito mau sinal, mais vale ficar quietinha no meu canto. Ninguém é obrigado a casar com ninguém, isso foi umas das boas mudanças... já bastam as surpresas que não se sonham. Já bastam as desilusões que nos apanham de rajada. Se vamos já com isso na ideia... porque é que vamos?
Se penso nisso hoje é porque assisto em primeira fila a um casamento de longa data. Vivi com eles, apanhei-lhe as manhas, ouvi algumas discussões, mas sempre se respeitaram um ao outro, nunca entraram em violência. Apesar de achar que ele é demasiado ditador em algumas ocasiões, defeitos todos temos, e sempre os admirei por não os ver atravessar a linha da razão. Hoje, passados 41 anos, continuam com pontos de vista diferentes em relação a alguns assuntos, mas de uma maneira geral estão em paz... Sorrio quando percebo a intimidade do olhar que trocam entre si. Sorrio quando ele lhe chama querida só para a irritar, sorrio quando ela tem o cuidado de lhe guardar a melhor fruta, o melhor pedaço de carne, ou enquanto lhe escolhe uma camisa quente.
Admiro-os por perceber que mesmo em alturas mais acesas nunca ouvi nenhum deles a dizer que desistia do outro. E assim se chegam aos 41 anos desde que se disse o sim... é simplesmente... fascinante!

Escorreganço, falhanço, desistanço#

Nem uma única encomenda! Como é possivel que ninguém aprecie o chique? Já visualizava as minhas peças a enfeitarem umas costas de um sofá quaisquer... é triste... é tão triste ter de desistir de um negócio que faliu antes de ter começado... não posso continuar uma coisa que me faz correr o risco de ter prejuízo em vez de lucro...
... logo agora que já tinha pedido à D. Glória para me arranjar o modelito do chapéu para guardar os rolos do papel higiénico em cima do autoclismo... fica lindo... com aquela fitinha de cetim... ai ai... desalento...
Assim sendo... mantém-se tudo como antes... claro que desistanço existe!

terça-feira, 1 de abril de 2008

Comunicado#

Este blog acaba aqui e agora... acabou-se-me a inspiração das letras, só gosto de escrever quando estou com 'dor-de-c****-aguda-e-profunda'. Desculpem o termo... mas esta gíria pareceu-me a mais indicada...
Aproveito e aviso que, depois de ler numa revista que a Inês tem lá no salão de cabeleireira, que aceito trabalhos em crochet, faço bordados de ponto de flor e ponto cruz, bordo nomes em bibes e faço picozinhos em panos da loiça para oferecer, se alguém quizer encomendar uma colcha de cama em crochet tem de contar com um prazo de entrega mais alargado. Isto de ter encontrado algo para a gestão de stress até é engraçado... beijinhos a todos os que vão fazer renascer o gosto pelas peças de artesanato ... e aos outros também...
Esta semana ainda exponho aqui as fotos dos naperons de crochet que estou a fazer para a minha cozinha... já tenho o da mesa e da bancada... só falta o do frigorifico e o da tampa do fogão... estão lindos , lindos , lindos...