Batimento Cardíaco

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Nús da alma # 151

Querer muito uma coisa não faz [só por si] com que ela aconteça.

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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Os amores dos outros #44


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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

os amores dos outros #43


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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Oa amores dos outros #42


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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Caramba pá....

Em jeito de desabafo...
m$%&#$&%, $&%%#%#&$&, $&$%%#$#$% e por aí fora...
Já não me lembrava de uma dor de dentes tão forte... até tenho vontade de chorar (mas ainda não o fiz por vergonha...)

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Ai Miguelito o que nos fazes...



Exma Sra Dona... se isto não é dor de "#$%#... é o que parece... e como elas se riem no fim... é um piadão não é?
Mas o que se pode esperar de um país que tem no ar um programa de entretenimento em que uma das perguntas difíceis é dizerem qual é o plural de chapéu... e responderem chapeis....
está tudo dito não está?
Livrinho seu não compro... novelas já não vejo faz tempo...e artista você é... mas não é grande coisa como gente...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

# O Retrato de Dorian Grey

«Pouco tempo depois, ele chamou um fiacre e dirigiu-se para casa. Deteve-se por uns momentos à porta a contemplar a praça silenciosa, de inexpressivas janelas cerradas e persianas estáticas. O céu era agora de pura opala, e os telhados das casas brilhavam como prata. De uma chaminé em frente saía uma ténue espiral de fumo, que se enroscava como uma fita lilás pelo ar cor de nácar. No imponente vestíbulo forrado de madeira de carvalho, pendia no tecto uma enorme lanterna dourada de Veneza - dos despojos da barca de algum doge -, onde ardiam ainda três luzes bruxuleantes: pareciam pétalas transparentes de chama azul com orlas de fogo branco. Ele apagou-as e, atirando o chapéu e a capa para cima da mesa, atravessou a biblioteca em direcção à porta do quarto, um espaçoso aposento octogonal no rés-do-chão que, devido à sua recente predilecção pelo fausto, acabara de mandar decorar para si, ornamentando-o com originais tapeçarias renascentistas que tinham sido encontradas arrumadas num sotão abandonado em Selby Royal. Quando fazia rodar o puxador da porta, os olhos depararam com o seu retrato pintado por Basil Hallward. Recuou sobressaltado, como que surpreendido. Em seguida, um pouco perplexo, foi entrando para o quarto. Depois de ter retirado a botoeira do casaco, pareceu hesitar. Por fim, voltou atrás, aproximou-se do retato e examinou-o. À fraca claridade da luz que conseguia passar através dos estores de seda creme, afigurava-se-lhe um pouco alterado. A expressão estava diferente. Dir-se-ia que havia um laivo de crueldade na boca. Era deveras estranho.
Voltou-se, caminhou para a janela e subiu o estore. O esplendor do amanhecer invadiu a sala e varreu as fantásticas sombras para cantos escuros, onde ficaram tremendo. Mas a curiosa expressão que notara no rosto do retrato parecia ter permanecido, ter-se acentuado ainda mais. A luz trémula e cadente do sol revelava-lhe os traços de crueldade que contornavam a boca tão nitidamente como se estivesse a ver-se num espelho, depois de ter cometido alguma acção terrível.
Estremeceu e, retirando de cima da mesa um espelho oval emoldurado por Cupidos de marfim - mais um dos muitos presentes de Lord Henry -, lançou um rápido olhar ao mais fundo da superfície polida. Não viu traços como aqueles a distorcerem-lhe os lábios rubros. Que significava aquilo?
Esfregou os olhos, aproximou-se do retrato e examinou-o de novo. Não via indícios de qualquer alteração quando olhava para a pintura em si e, no entanto, não tinha dúvida alguma de que toda a expressão se modificara. Não se tratava de pura fantasia sua. Aquilo era de uma evidência horrível.»

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domingo, 4 de outubro de 2009

# Visto do Ceu

«Susie Salmon tem o olhar vivo e inquieto dos seus catorze anos. Observa o desenrolar da vida: os colegas da escola, a família, o lento passar dos meses e das estações. Está tudo muito calmo, tudo parece muito acolhedor. Um único pormenor desmente tanta placidez: é que de facto, Susie já morreu. Estranhamente o céu parece-se muito com o recreio da sua escola, nem sequer faltam os baloiços. A pouco e pouco, Susie compreende que é o centro das atenções: os colegas comentam os rumores sobre o seu desaparecimento, a família ainda acredita que ela poderá ser encontrada, o assassino tenta esconder as pistas do seu crime...»

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sábado, 3 de outubro de 2009

# A Vida Num Sopro

«Portugal, anos 30.
Salazar acabou de ascender ao poder e, com mão de ferro, vai impondo a ordem no país. Portugal muda de vida. As contas públicas são equilibradas, Beatriz Costa anima o Parque Mayer, a PVDE cala a oposição.
Luís é um estudante idealista que se cruza no liceu de Bragança com os olhos cor de mel de Amélia. O amor entre os dois vai, porém, ser duramente posto à prova por três acontecimentos que os ultrapassam: a oposição da mãe da rapariga, um assassinato inesperado e a guerra civil de Espanha.
Através da história de uma paixão que desafia os valores tradicionais do Portugal conservador, este fascinante romance transporta-nos ao fogo dos anos em que se forjou o Estado Novo.»

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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

# A Bruxa de Oz

«Quando Dorothy triunfou sobre a Bruxa Má do Oeste no clássico o Feiticeiro de Oz, de L. Frank Baum, apenas conhecemos a sua versão da história. Mas, afinal, quem era esta misteriosa Bruxa? De onde veio? Como se tornou tão malvada? E qual é, então, a natureza do mal?
A Bruxa de Oz conta a história de Elphaba, uma menina de pele verde, insegura, rejeitada tanto pela mãe como pelo pai, um pastor reaccionário. Na escola ela também é desprezada pela sua colega de quarto Glinda, a Fada Boa do Norte, que só quer saber de coisas fúteis: dinheiro, roupa, jóias. Neste contexto ela descobre que vive num regime opressor, corrupto e responsável pela ruína económica do povo. Elphaba decide, então, lutar contra este poder totalitário, tornando-se na Bruxa Má do Oeste, uma criatura inteligente, susceptível e incompreendida que desafia todas as noções pré-concebidas sobre a natureza do bem e do mal.
Gregory Maguire cria um mundo de fantasia tão fértil e vivido que Oz nunca mais será o mesmo.»

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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

# A Casa Quieta

«Quero acreditar que já não estarias em casa por alturas em que cheguei mas não sei dizer. A verdade é que não te procurei. Mais uma vez. Penso que fiz as coisas do costume, penso hoje quando penso nisso que fiz as coisas do costume, terei deixado o sobretudo ao acaso, abri o frigorífico fechei abri uma outra vez, sem saber bem o que procuro, acontece-me quase sempre.
As coisas do costume. Vagueei sem saber bem, o sobretudo caído alguém há-de arrumar, tu tratas disso. Do frigorífico abro e fecho abro outra vez, quero pouco, não sei que quero, deixei de beber prometi-te acho que te prometi, não sei que beba.»

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