Batimento Cardíaco

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Nús da alma # 113

Nem de propósito escolheria este número para este nú da alma.
As passagens de ano são uma merda! Esta passagem de ano é uma merda!

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sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Saber como foi#

Talvez por hoje ser a última sexta-feira do ano... não sei... talvez porque os dias me dedilhem nos dedos, talvez porque teça o tempo... a verdade é que este ano passou tão depressa que andou mais depressa que a minha atenção nele. E como todos os anos deixou marcas, umas boas, outras nem por isso. Atenuou marcas antigas, desenhou novas, tatuou-me ainda mais a memória.
De Janeiro guardo as memórias de dias frios, de passeios junto ao mar, de tostas e boas conversas, brincar ao faz de conta. De Fevereiro o parvo dia dos namorados que não tive, da desilusão de perceber que a amizade que tens a alguém é desigual da que ela tem por ti . De Março guardo as temperaturas, o dia da primavera. De Abril o stress dos preparativos de uma festa. De Maio a festa, a família reunida, o faz-de-conta-que-também-podes-ser-mãe-durante-uma-semana-e-descobrir-que-consigo-dormir-toda-a-noite-agarrada-a-um-tornozelo-para-que-ele-não-caia-da-cama [comprei uma grade protectora ao fim de dois dias]. Em Junho o calor, a fartura dos morangos, os primeiros dias de praia. De Julho confirmar que tenho problemas em cumprir horários de chegada e ser a última pessoa a chegar ao meu almoço de anos [com o almoço]. Em Agosto comer o meu primeiro gelado deste ano [corneto de cenoura/qualquer coisa], desejar que me beije enquanto vemos o pôr-do-sol, beijar e ser beijada quase perto da meia-noite, passar a sorrir muito mais, dos concertos de entrada livre e da exposição do Berardo. Em Setembro lembro-me de dias de sol, de praia, de passeios de mão dada, de descobrir e revisitar lugares . Em Outubro descubro que é difícil ser eu a vir embora e não consigo segurar as lágrimas quando o comboio parte, nos últimos dias a rasteira que a saúde me prega, o susto, o medo, aprender que chorar muito não alívia em nada a alma enquanto as respostas não vêm. Em Novembro sentir uma espécie de alivío, sentir que se pode gostar de alguém cada vez mais, descobrir da pior maneira a frustração do que é fazer uma coisa que não gostamos nada, desistir de algo logo a seguir a ter começado. Em Dezembro constatar que é cada vez mais difícil a distância, desejar que todos os dias fossem fins de semana, passear, rir, brincar, gostar, passar o natal em familia e sentir-me tranquila e feliz...
Gostei de ti 2007. Que sejas bem vindo 2008.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Nús da alma # 112

Foram algumas as vezes em que imaginei diálogos, mas muitas mais as que pensei que talvez nunca fosse sentir vontade de os ter. Enganei-me... boa!

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# 149

Estou com a sensação que Lisboa parou por estes dias... ou será o país inteiro?

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quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Arghhhh#


Prometo que não toco em mais nenhum frito este ano...

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Feliz Natal!


sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Nada mau...

... a esta altura do campeonato e tendo em conta quando começei a fazer as compras... faltar apenas uma prenda já é muito bom... estou muito orgulhosa de mim! :P

Batuques#

Fingertips - You're gone (Everybody knows that)

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

O mundo animal#

Piranhas
As piranhas são um grupo de peixes carnívoros de água doce que habitam alguns rios da América do Sul.
Será que deixam marca?

Teias#

Os pesadelos consomem-me o descanso. O sono consome-me o dia. Sinto-me com a vida trocada. Não fui eu que o fiz.

Super bock#

3000€ em prémios... deixei-me seduzir...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

*

E se havia algum tipo de dúvidas acerca da minha pessoa, que fiquem agora dissipadas, sou tuga, tão tuga quanto se pode ser! Porque me atrevo a afirmá-lo? Porque ainda não fiz uma única compra de natal...
... tudo para a última!
Pode querer dizer outra coisa que não isto?

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Nús da alma # 111

Leio demasiados blogues, estou viciada em demasiados blogues, leituras que me fazem pensar, que me comovem, que me provocam curiosidade, que me prendem a atenção. Em muito desses blogues que visito diariamente nunca dexei nenhuma mensagem. Outros que me fazem ter vontade de dizer qualquer coisita, e digo... porque me apetece e quando o faço nunca me questiono muito acerca disso, se a opção de comentário está disponivel, automáticamente sinto-me à vontade para o fazer. Mas não fico com essas memórias a maior parte das vezes. Por isso é que ontem senti o arrepio. Porque sem saber profetizei alguma coisa que acabou por acontecer dois anos mais tarde. O destino a fazer das suas... e eu a agradecer-lhe...

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Inverno#



-A chuva chega por esta lua...

-Porque dizes isso?

-Porque a lua está cheia de água e tombou...
Já chove...

Surpresa minha#

Quem já foi ao dentista sabe bem o que é ter e sentir uma anestesia parcial da face... do medo que temos de nos babar, o rir à Billy Idol... Pela primeira vez na minha vida sei o que é ter parte do nariz anestesiado... além do lábio superior... e ter fome... muita fome...

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Outono#

É estúpido bem sei... mas continuo sempre a teimar fazer as perguntas com as respostas [que sei] que não vou gostar de ouvir...

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Nús da alma # 110

Quero-me com a sorte que me sinto, de ser quem sou, de gostar de ti, de me sentir gostada por ti. Tudo com a intensidade certa, sem medidas, sem limites...

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Metades minhas#

Não saberia viver de outra maneira, não saberia viver sem a presença das pessoas que mais amo, sem as minhas metades, sem a imagem que ficou colada ao meus olhos desde sempre. Somos um, somos um composto por várias partes, um que tem a capacidade de somar e continuar tão forte como sempre fomos. Por isso hoje celebramos um dia de uma dessas somas, apesar de ainda não fazer parte do grupo na altura, imagino como deve ter sido importante. Sempre gostei da maneira como nos disseram e fizeram acreditar [e acreditaremos sempre] do importante que foi a nossa chegada. A tua é celebrada hoje. Eras linda sabias? Vejo-o nas fotografias a preto e branco amarelecidas pelo tempo, eras um dos bebés mais bonitos que vi até hoje [claro que nunca to vou dizer]. Ouvimos as histórias, as peripécias do parto, o nome que te escolheram e que tu fizeste questão de contrariar, as palavras do pai, as palavras da mana quando chegaste a casa. Apesar de não ser nascida sempre consegui sentir o momento.
Depois cresceste, apareci eu para te azucrinar a vidinha, vá admite... levei-te à loucura bem mais que um par de vezes. Mas tu sabes que se não fosse eu a tua vida era uma pasmaceira... [vá agradece...]. Ainda recebi umas prendas nos teu dia de anos [nunca percebi porque é que os pais pararam de me as dar], depois um dia ofereci-te a primeira prenda de anos... lembraste? Foi um lenço de assoar, usado... mas lavadinho, que fui buscar à gaveta onde a mãe os guardava. Era de um tecido grosseiro, em tons de verde e laranja, mas era meu, e eu queria oferecer-te qualquer coisa, foi a minha primeira prenda de anos para ti.
A parte da tua adolescência podemos passar à frente, não me ligavas nenhuma, sempre com segredinhos com as tuas amigas. A tratarem-me como uma criança... eu já não era nenhuma criança pá... naquela altura já devia ter... deixa cá ver... uns 11 anos, já era uma mulher! Mas enfim... perdoei-te [perdoo-te sempre... é um dom que tenho].
Depois crescemos [ainda estou para perceber como essa parte aconteceu tão rápido], nunca tivemos afastadas, apesar de sermos independentes nos amigos [tu tens os teus, eu os meus][, partilhamos a familia e isso basta-nos. Partilhamo-nos a nós desde sempre. Já tivemos os momentos mais hilariantes da minha vida, em que ria já sem perceber porque o fazia. Somos honestos uns com os outros e criticamos e chamamos à atenção se assim tiver que ser, continuo a ver-te como a irmã mais velha que és, continuo a aceitar as tuas criticas, os teus conselhos, continua a ser importante para mim a tua aprovação nas minhas escolhas, és uma das pessoas mais importantes na minha vida.
E depois temos as histórias para contar, milhares delas... e é disso que a vida é feita, de histórias de momentos que tive a sorte de partilhar contigo. Gosto muito de ti sabias? Parabéns mana...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

A Ilha#

«A ilha de Spinalónga, na costa norte de Creta, foi a maior colónia de leprosos da Grécia de 1903 até 1957.»

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*

Nunca me julguei a vir de longe, achei sempre que estava aqui à pouco tempo, demasiado pouco tempo, e com o demasiado me denuncio. E talvez tenha vindo de mais longe do que aquilo que penso. Venho de um sitio onde não haviam centros comerciais abertos ao Domingo, onde os passeios de fim de semana se resumiam a passear na Baixa com as lojas fechadas, onde o momento mais excitante era quando desciamos ou subiamos as escadas rolantes que nos levavam às estações de metro ou comboio. Olhava sempre para a frente até as ver lá ao fundo, e aí corria e queria ser a primeira do grupo.
Apesar de já conhecer as estações de metro, de não me fazerem confusão as cores que vão acrescentando aos paineis em cima das portas de acesso, apesar de percorrer as galerias de subir e descer escadas... apenas hoje me apercebi no brilho do chão... nota-se mais quando olhamos para os pés enquanto eles se movimentam, talvez por ir lentamente, talvez por ir de olhos postos no chão, reparei no cintilar do chão escuro. Milhares de estrelas que acendem e apagam à medida que avançamos. Provocou-me um sorriso, desviou-me o pensamento por um instante... apenas um instante...

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

# 148

Nunca vi com bons olhos a arte em desenganar o que os olhos vêem. Irritam-me as maneiras desesperadas de quem quer fazer de conta que não viu, quando tudo denuncia o contrário. Apelido-os de cobardolas, rio-me entre dentes e julgo-me muito melhor.
Por um momento deixo-me fraquejar, quando imagino o diálogo que poderá ser travado, nas perguntas de circunstância que vou ouvir. Agora percebo o que é estar presa ao cão que não se tem. Desvio-me o mais rápido que posso, mas é tarde demais, percebo-o no movimento que faz a rodar a cabeça na direcção para onde vou. Desta vez a desertora sou eu e sei nesse instante que poderia lidar melhor com a frustração do que com a vergonha. Apesar de tudo, descubro que a indiferença é a palavra chave desse momento.

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segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

As palavras dos outros #

« O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.»
Fernando Pessoa

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Ai ai ai#

Posso ir embora? Posso? Posso?
Tendo em conta que já são... 20:34

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

* 67


Apanho-me a querer respirar devagar, Nunca gostei de dias curtos e começar algo de novo deixa-me sempre com as palmas das mãos transpiradas. Receio sempre o que não conheço, e sem me dar conta traço caminhos que ainda não fiz como se assim adivinha-se o destino a que vão dar.

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terça-feira, 4 de dezembro de 2007

# 147

Acho que nunca me questionei grande coisa pela minha maneira de ser. Apesar de saber que reajo muitas vezes com o coração e que apenas uso a cabeça quando me apercebo que posso estar a cometer um erro de difícil resolução. É instintivo, sai-me, e sem dar conta posso estar a deixar escapar palavras feias que nunca deveriam ser ditas. Ou então a mais doce das declarações de amor que sempre achei que não ia ter coragem de dizer em voz alta. Cresço. A cada passo que dou, a cada dia que passa, a cada pessoa que se cruza na minha vida.
Respeito cada indivíduo com quem tenho de interagir, e nessas alturas conservo-me uma pessoa menos faladora, gosto de observar, mexer-me apenas quando tenho de o fazer, falar quando é a minha vez. Por isso não acho bonito quando as pessoas falam pelos cotovelos apesar de não conhecerem ninguém, contam a vida pessoal, tentam ser brejeiros, mas não passam de hipotéticas pessoas que dizem piadas gastas que não fazem ninguém esboçar o menor dos sorrisos.
Deixei-me estar encostada a ouvir falar as pessoas que iam chegando. Já o tinha visto em outra altura, na primeira vez quando percebi que ele tinha como intuito meter conversa com toda a gente deixei-me estar de olhos postos num livro. Desta vez não o pude fazer, cumprimentou com dois beijos a outra rapariga do grupo, perguntou se era a primeira vez que me via, disse-lhe que não. Sem esperar e já a fazê-lo deu-me dois beijos, dizendo que não me ia deixar ficar sem eles. Não tive tempo de grande reacção e não lhe dei beijos como resposta. Ouvi-me dizer ainda se estava a afastar do meu rosto: 'Até agradecia que me deixasse ficar sem os seus beijos, na verdade gosto pouco de beijos, quer sejam de meninos ou meninas.' Talvez tenha sido tão inconveniente como ele, percebi-o quando o olhei e o vi ruborizado. Confirmei-o quando passou o resto do tempo de espera calado e apenas deixou escapar para um colega 'Prefiro falar muito e não dizer nada do que falar pouco e dizer muito'. Poderia ter falado de outra maneira, poderia até não ter dito isso em frente aos outros colegas... mas com isto espero que a partir de ontem ele não venha com piadolas parvas ou abraços apertados como eu já o vi a fazer a outras colegas.

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Escutas telefónicas # 1

-Posso fazer umas perguntas...
-Sim, sim...
-D. X tem rede fixa ?
-Tenho pois! Este de onde lhe estou a falar é rede fixa.
[o número marcado é de rede móvel]
-D. X diz que este número é de rede fixa?
-Sim senhora! Está sempre aqui na mercearia, não sai daqui!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

# 146

Quero aprender a parar o momento. Alongá-lo o máximo possível e deixar-me ficar assim de dedos entrelaçados infinitamente.

Os amores dos outros # 14



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