Batimento Cardíaco

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Pigloo

Um avó envaidecido por ter deixado satisfeito um neto que pedia vezes sem conta à avó os na na nãns... vai poder passar a tê-los sempre que quizer... espero não estar por perto em muitas dessas vezes... para não me cansar... mas pelo sorriso dele, valeu bem a pena...

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Polaroids mentais#


Dei-me conta que desta vez e quem sabe de uma maneira meio egoista, quis guardar apenas para mim todos os momentos. Posso continuar a dizer não sei a como vai ser. Mas sei bem o que quero!

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

# 124

Sempre achei que a culpa era minha pelo que tinha acontecido, por vezes lembrava-me e logo me dispunha a esquecer de novo, como quem arruma o lixo debaixo do tapete para não o ver , mas que sabe que continua ali... hoje descubro quer afinal não foi bem assim... alguém me diz que não foi bem assim, que não tive culpa nenhuma... e precisei de 27 anos para o saber... às vezes o tempo guarda-nos surpresas... fico contente por agora não ter cópias para fazer durante as férias...

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quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Gosto-te#

Talvez seja sinal de amadurecimento... não sei... a verdade é que nunca te contei que desistia sempre antes de me deixar começar por qualquer coisa que não sabia identificar ou com a qual me aparecia o medo de lidar. Talvez cobarde... não sei... o não vencia sempre o sim por larga margem... e mesmo sem ter a certeza de ter escolhido o sitio certo para me deixar ficar, conseguia sempre sentir um certo alivio por ali estar sem preocupações de maior.
Quando voava tinha medo, acordava assustada e acabava sempre o resto da noite metida na cama dos meus pais, encostada às costas quentes do meu pai... aí sim, sentia-me segura...
Hoje dou-me conta do voo que começei quase sem dar conta, de como gosto de o fazer e o bater das asas que me faz sorrir...
Tenho tempo, tempo para acordar e me deixar ficar deitada a pensar no que é, como é, no que quero, como será... espreguiço-me todos os dias com um ar idota na cara, aquele ar que só as pessoas apaixonadas têm... agora tenho um assim... e gosto... e não tenho medo...
Estou a voar... consegues ver-me? Estou cá tão em cima... destemida...

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Anjos e Demónios#

« Nunca tinha visto São Pedro do ar. A fachada de mármore refulgia como fogo ao sol da tarde. Enfeitado com cento e quarenta estátuas de santos, mártires e anjos, o hercúleo edifício tinha a largura de dois campos de futebol e o comprimento de seis. O cavernoso interior podia albergar sessenta mil fiéis... mais de cem vezes a população da Cidade do Vaticano, o país mais pequeno do mundo.»

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sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Não sei... não sei#

S. Pedro de Moel... Agosto 2007

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Inté#

Ainda pensei em colocar uma imagem que reflectisse bem o que aí vem... mas um campo de margaridas não é bem a imagem do que quero dizer... mas sim do que sinto... ou um campo de papoilas... bonito..., também podia meter um areal... mas já dei uma vista de olhos e a programação do tempo na próxima semana não é das melhores... já sei...[como estou virada para as plantações...] podia meter aqui um campo de girassóis... mas não... limito-me a tentar visualizar o que vejo aqui no meu avesso... vejo tudo azul... o silêncio de uma janela dupla, os estores ainda fechados ao meio dia... a vontade de ir à casa de banho a meio do dia e achar que tenho todo o tempo do mundo, os sapatos guardados, o relógio de pulso usado apenas como enfeite [e vicio], a toalha de praia a baloiçar no estendal, os chinelos de enfiar no dedo ao lado da cama. As visitas de quem já não vemos faz tempo, os jantares tardios, os livros dentro do saco de praia, e dormir... dormir muito...
... vejo férias... já as sinto a passearem-se aqui bem nas solas dos pés...

SAWABONA

«Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o inicio desle milénio. As relações afectivas também estão a passar por profundas transformações e a revolucionar o conceito de amor. O que se procura hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, nas quais exista individualidade, respeito, alegria e prazer em estarem juntos, e já não uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar. A ideia de uma pessoa ser o remédio para a nossa felicidade, que nasceu com o romantismo está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico, parte da permissa de que somos uma fracção e precisamos encontrar a nossa outra metade para nos sentirmos completos. Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, históricamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona as suas caracteristicas, para se moldar ao projecto masculino. A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz : o outro tem de saber fazer o que eu não sei. Se sou calmo, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma ideia prática de sobrevivência, e pouco romântica por sinal.

A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos a trocar o amor de necessidade, por amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.

Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão a perder o pavor de ficarem sozinhas, e a aprender a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão a começar a perceber que apesar de se sentirem fracção, estão inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fracção. Não é principe ou salvador de coisa alguma. É apenas um companheiro de viagem.

O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de se ir reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou.

Estamos a entrar na era da individualidade, o que não tem nada a ver com o egoismo. O egoísta não tem energia própria; ele alimenta-se da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.

A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado. Visa à aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possivel para aqueles que conseguirem trabalhar a sua individualidade. Quanto mais o individuo for competente para viver sózinho, mais preparado estará para uma boa relação afectiva. A solidão é boa, ficar sózinho não é vergonhoso. Pelo contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afectivas são óptimas, são muito parecidas com o ficar sózinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. O nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém. Muitas vezes pensamos que o outro é a nossa alma gemea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto. Todas as pessoas deveriam ficar sózinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir a sua força pessoal. Na solidão, o individuo entende que a harmonia e a paz de espirito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro. Ao perceber isso, ele torna-se menos critico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um. O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Neste tipo de ligação, há a empatia, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado. Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes temos de aprender a perdoar-nos a nós próprios...

*

P.S.: Caso tenha ficado curioso em saber o significado de SAWABONA, é um cumprimento usado no Sul de África e quer dizer 'Eu respeito-te, eu valorizo-te, tu és importante para mim.'

Em resposta as pessoas dizem SHIKOBA, que é 'Então, eu existo para ti'.»

Flávio Gikovate, médico psicoterapeuta - Sobre estar sózinho-



Recebido por mail...

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Marquês de Pombal



FICHA TÉCNICA
Título Marquês de Pombal
Autor Francisco Moita Flores
Encenação Carlos d' Almeida Ribeiro
Elenco Rita Ribeiro, Eduardo Viana, Daniela Ruah, Igor Sampaio, Lourenço Henriques, Rita Viegas, Pedro Ramos, Frederico Pires, Filipe D' Aviz, Vítor Coelho e Carlos Neves
Companhia Teatro Independente de Oeiras
Música Rui Veloso, João Gil
Cenografia Carlos d' Almeida Ribeiro
Figurino Ana Saraiva
Coreografia Vitor Linhares
Género Musical
*
Foi ontem o enterro da peça... como boa portuguesa que sou deixei-me ficar para o final e ir assistir apenas no sábado à noite, mesmo correndo o risco de não conseguir ver porque estava esgotadíssimo... vi, ouvi e adorei... obrigada mano...
Imagem do Google

Desafio a desafiar...

Fui desafiada pela Nani, claro que tenho 'miáufa' de desafios... mas não gosto de dar parte fraca e aqui vai...
*
Cada pessoa escreve sete factos casuais sobre a sua vida. Depois passa o desafio a outras sete, deixando um comentário no seu blogue para que essa pessoa saiba que foi desafiada.
(Factos casuais? O que se quer saber é de segredos dos cabeludos ou julgam que não vos percebo? O pior é que tenho alguns.... ai... ai, e eu que julguei que nem me ia lembrar mais deles...)
1. Ora bem... façamos uma regressão no tempo... para aquela altura em que ainda não andava na escola e tinha como hobbie enfiar os dedos no nariz enquanto via televisão, resultado estava sempre a deitar sangue do nariz, logo... a mãezinha perdeu um bom tempo a tapar-me as aberturas com adesivo e gaze... fartei-me de chorar... não por ter o nariz selado... mas porque o penso estava tão volumoso que me custava conseguir ver televisão, resultado: aprendi a lição e passei a meter o dedo no nariz assim muito de vez enquando e quando ninguém estava a ver.
2. Quando tinha doze anos apaixonei-me pelo Sr. Carlos do talho, preocupei a minha mãe naquela altura, não por querer ir com ela às compras todos os sabádos, mas porque o Sr. Carlos tinha na altura mais de quarenta anos. Vi o o Sr. Carlos à uns tempos, acho que já está reformado...
3.Sempre tive mau perder, mas nunca recusava um desafio para um bom jogo de damas, quando via que não tinha hipótese... passava o braço em cima do tabuleiro desfazendo o jogo... eu sei... que coisa feia... hoje em dia se me passa pela cabeça que não tenho hipótese nem jogo... isto de destruir o jogo já não vai bem com a minha idade...
4.Sou viciada em pão... se por algum motivo não comer pão durante o dia inteiro nem consigo dormir a pensar nisso... agora tenho sempre pão congelado em casa... para as ressacas...
5.Borbulhas... sou alucinada por borbulhas... não as de toda a gente, mas as das pessoas que conheço... fazia negócio com o meu irmão à uns anos atrás... espremer meia dúzia delas e à escolha e fazia-lhe a cama...
6.Aprendi à minha custa que quando vou a conduzir não posso cair na estupidez de me 'armar em boa', acabo sempre por fazer figuras tristes... ou deixo o carro ir abaixo, ou meto mal uma mudança... ou sente-se aquele arranhar que até faz doer a alma... ou ando aos soluços...
7.Antigamente quando olhavam para mim na rua pensava sempre que devia estar gira ou algo assim... depois de perceber muitas das vezes porque é que despertava a atenção passei a ter um espelho dentro da mala e a verificar os botões da camisa ou o fecho das calças...
passo o desafio a : Tangerina ; EWO ; João ; Esplanando ; Azul e verde ; PP ; Sem Sono
* e está feito... só preciso de ir avisar... até já...

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Jorge Palma#

Duas horas de atraso...
.
-Tive um furo...
.
Três músicas...
.
-Enganei-me na letra, vamos tocar tudo de novo e é já...
.
Tão ele, tão letras sentidas, tão fantástico... se fosse de outra maneira já não seria ele... a perfeição está sempre perfeita na imperfeição do que somos...

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Miúdo#

Curioso como os anos que passam tendem a deixarem-nos mais contidos, a ausência de um amigo deixa-nos a uma distância maior um do outro do que aquela que tinhamos no passado. As conversas fluem pensadas e na busca das palavras certas, como se tivessemos medo de errar ou chocar. A medo tacteamos à procura de algum sinal que nos mostre que as coisas não mudaram assim tanto. Continuamos a gostar da mesma maneira, agora de uma maneira mais adulta, relembramos o passado, falamos dele com nostalgia e rimos de algumas coisas. Sinto que a distância passa a ser menor e juramos que não vamos deixar tanto tempo passar sem que nos vejamos.
*
[Se há coisa que me chateia é a mania dos abraços quando se reencontra alguém, ou quando se vai beber um café, ou quando se quer abraçar apenas porque se quer abraçar. Pois eu detesto que me abraçem, evito que o façam e cruzo os braços no peito quando não consigo fugir deles... dos abraços. ]
*
Na despedida deixei-me abraçar a gosto, já sinto saudades...

# 123

Não que consiga controlar os sonhos, mas às vezes dou por mim a levar até eles as conversas que vou tendo durante o dia, ou os acontecimentos que julgava já esquecidos.
Por isso quando atendi o telefone já sabia que era tu apesar do número anónimo. Sabia que mais cedo ou mais tarde tentarias fazer comigo o que fizeste sempre durante toda tua vida. E irritou-me essa tua falta de respeito. O achares que eu iria fraquejar. Enganaste... Acordei, mas tenho a certeza da resposta que te devo ter dado no meu sonho. Finito.

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quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Evolução #1

Passar de lambidelas a beijinhos de peixinho... e que bem que me sabem os seus beijos...

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Nús da alma # 92

O que me trespassa a alma hoje?
Uma espécie de nostalgia...

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* 64

Atenta às noticias pergunto-me até onde pode ir a malvadez humana. Recuso-me a acreditar nas insinuações de que os pais têm a ver com o seu desaparecimento, recuso-me a acreditar na sua morte. Recuso-me a acreditar que um pai possa fazer mal a um filho...

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segunda-feira, 6 de agosto de 2007

* 63



Legenda: O pai [foi de gatas] a acompanhar o filho até à água [que ia de gatas]... lindo...

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*

-Para que quero conhecer um talhante? Eu nem como carne...

# 122

-Nem imaginas o que já fiz duas vezes esta semana...
-O quê?
-Já liguei para o teu número antigo duas vezes... pior... atenderam.
-Atenderam?
-Sim... um tal de Pedro...
*
E assim com alguma nostalgia fiquei a saber que o 'Pedro' herdou o número que foi meu durante quase dez anos...

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sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Medidas de querer#

Quantas vezes mais vou errar na chave antes de acertar no prémio? Quantas vezes mais me vou enganar no caminho? Quantas vezes me vou deixar desiludir? Quantas vezes vou esperar algo que nunca vai acontecer? Quantas vezes mais vou acreditar em ilusões? Quantas vezes mais vou achar que encontrei? Quantas vezes mais vou achar que vou ganhar? Quantas vezes mais vou errar? Quantas vezes mais vou cair? Quantas vezes mais me vou erguer outra vez? Quantas vezes mais vou acreditar?

Chegar ao fim#

Estou ali parada, olho para ti como quem oferece uma prenda. Desta vez estou a falar a sério e tu não percebes. Aprendeste que a maior parte das coisas que te digo servem apenas para te tentar chocar ou chatear. Estou a falar a sério, cansei-me de me defender com medo das alturas, das quedas. Quero o voo, quero libertar-me desta amarras a que me impus, peço-te em silêncio somente que voes comigo. Só que não o percebes. Deixas-te ficar ali parado, com os braços ao longo do corpo a ver-me chegar cada vez mais perto da encosta. Já não consigo voltar atrás, ainda olho para ti uma última vez. Mentalmente peço e grito 'Vem!' e tu não te mexes.
Salto...
Acordo empapada em suor e a tremer, às vezes as noites parecem-me demasiado longas...

# 121

'-Vais parar com as chamadas! Vais parar com os mails! A minha profissão não é a de ser puta!'

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quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Nús da alma # 91

Saber o que sinto, às vezes não é nada fácil...

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quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Quem vai ser feliz#

Pára de chorar
E dizer que nunca mais vais ser feliz

Não há ninguém a conspirar
Para fazer destinos
Negros de raiz
Pára de chorar
Não ligues a quem diz
Que há nos astros o poder
De marcar alguém
Só por prazer
Por isso pára de chorar
Carrega no batom
Abusa do verniz
Põe os pontos nos Is
Nem Deus tem o dom
De escolher quem vai ser feliz
*

Pára de sorrir
E exibir a tua felicidade
Só por leviandade
Se pode sorrir assim
Num estado de graça
Que até ofende quem passa
Como se não haja queda
No Universo
E a vida seja moeda
Sem reverso
Por isso pára de sorrir
Não abuses dessa hora
Ela pode atrair
O ciúme e a inveja
Tu não perdes pela demora
E a seguir tudo se evapora
Pára de chorar
Não ligues a quem diz
Que há nos astros o poder
De marcar alguém
Só por prazer
Por isso pára de chorar
Carrega no batom
Abusa do verniz
Põe os pontos nos Is
Nem Deus tem o dom
De escolher quem vai ser feliz
Nem Deus tem o dom
De escolher quem vai ser feliz
Nem Deus tem o dom
De escolher quem vai ser feliz
Rui Veloso in Canção de alterne

# 120

Um mau começo de dia é conseguirem-nos angústiar, dizendo que a empresa está a atravessar uma má fase... como um aviso...

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Os amores dos outros # 7




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