Ela sabe que chegou a altura de vestir o fato, o público aplaude, ela sente-se forte e cheia de força. A entrada é forçada com saltos e piruetas. Tem medo de cair mas não quer que ninguém perceba isso. Abre os braços e começa a caminhada pelo arame. Agora todos os dias é assim. Caminha e sorri. Como se fosse a coisa mais natural do mundo. Como se o buraco que está aberto por baixo dela não existisse. Bastaria apenas um pequeno puxão. Continua a sorrir. Continua a caminhar.
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