Dejá vu
Tinha tudo na vida, um emprego bastante razoável, para os dias de hoje, um carro que apesar de não ser novo ainda tinha um aspecto agradável e lhe dava alguma ostentação. Tinha uma casa que ainda estava a pagar ao banco, como a maioria das pessoas, tinha uma mulher, um filho e estavam à espera do segundo. A barriga dela assemelhava-se agora ao tamanho de um melão, pequena mas já saliente, era um menino segundo a vizinha da frente afirmava de cada vez que nos cruzavamos na escada.
Mas se tinha tudo... porque continuava a sentir o desconforto de não ter nada? Ou de procurar algo mais? Eram naqueles minutos que separam o deitar do dormir, quando a luz se apagava e a sua mulher lhe desejava boa noite que ele se deixava estar quieto, de olhos abertos na escuridão a tentar perceber quanto tempo demorava a conseguir habituar-se e a reconhecer os contornos das coisas que o rodeavam. Nesses minutos, que eram poucos ele perguntava-se porque era assim, porque é que queria mais, porque é que sentia que não estava no sitio certo. O que queria mudar? Não o sabia ao certo... a única certeza que tinha era a de que precisava mudar alguma coisa...
Mas se tinha tudo... porque continuava a sentir o desconforto de não ter nada? Ou de procurar algo mais? Eram naqueles minutos que separam o deitar do dormir, quando a luz se apagava e a sua mulher lhe desejava boa noite que ele se deixava estar quieto, de olhos abertos na escuridão a tentar perceber quanto tempo demorava a conseguir habituar-se e a reconhecer os contornos das coisas que o rodeavam. Nesses minutos, que eram poucos ele perguntava-se porque era assim, porque é que queria mais, porque é que sentia que não estava no sitio certo. O que queria mudar? Não o sabia ao certo... a única certeza que tinha era a de que precisava mudar alguma coisa...
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