Batimento Cardíaco

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Um final de férias soberbo é:

Acordar nem tarde nem cedo, acordar quando o corpo deixa, ficar na cama a espreguiçar-se sem pressa. Tomar o pequeno almoço na cama e depois tomar um bom duche. Arrumar sem pressa as traquitanas que se levam em viagem. Pagar a conta e seguir viagem. Planear uma compra de última hora e não a conseguir cumprir. Descobrir que Melides não tem assim um aspecto tão... tão... como se imaginava... insistir em que tinha visto um cartaz de publicidade de um supermercado, fazer com que voltassem para trás, não ler o cartaz e descobrir depois de dar a volta toda à aldeia que aquilo ficava uns Kilometros bem lá para trás...
Decidir fazer uma coisa radical e procurar uma praia algures entre a Comporta e Troia. Atolar o carro na primeira paragem e estar uma boa fatia de tempo debaixo de um sol abrasador a arranjar maneira de sairmos dali sem ajuda [conseguimos] da assistência em viagem. Esfolar um joelho, mãos com picos e nós dos dedos esfolados. Braços negros de pó e unhas... bem unhas de agricultores. Entrar pelo condominio em desespero 'Eu quero ir à praia!', tomar um banho maravilhoso numa água verde. Tentar pagar o parque e ficar sem o dinheiro na máquina e com o talão por pagar. Esperar três horas para atravessar de ferry. O carro voltar a avariar e mesmo sem termos ficados apeados, virmos com aquele barulho irritante aos ouvidos. Chegar a casa e termos de fazer duas viagens ao carro para conseguirmos levar tudo para cima. Deixar um saco no elevador na primeira. Querer dar um beijo e este não ser recebido. Fazer birra. Dar-me conta que pareco uma criançinha e que cedo logo de seguida sem stresses. Acabar o dia com a cabeça encostada ao seu peito a ouvir-lhe o batimento cardiaco antes de adormecer embalada por aquele som tranquilo.
Guardar estas memórias e todas as que temos.

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