Batimento Cardíaco

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Venenos#

Porque é que dizemos que não queremos determinada coisa e no instante seguinte a estamos a fazer? Porque é que mesmo sabendo que alguém nos faz mal nos continuamos a dar com essa pessoa? Porque é que mesmo enquanto o tempo decorre e já se viu que essa pessoa não muda, continuamos com a esperança de que isso aconteça? Até onde conseguimos ver? Ou. Até onde queremos ver? Não me venham com as merdas da carência e o de não aguentar estar mais tempo sózinho. Brincar de faz de conta só dá resultado se o tempo demorado na brincadeira fôr relativamente curto. Jogos longos cansam.
É quase como se fosse uma pessoa viciada em jogo, sabe que não vai ganhar nada e continua a apostar na mesma cor. Sempre à espera que desta vez seja diferente, se torne diferente. Saber jogar, é saber parar na hora certa, é impor um limite de gasto e saber que quando atingir essa cota que vai parar sem perguntas ou hesitações. É virar costas à mesa sem problemas. É sair e não ficar a pensar que se tivesse ficado as coisas poderiam mudar.
Mas não. Vai e volta, diz que não e depois faz porque sim. Já não critico, já não chamo à atenção. De que serve? Sou ouvida na hora e esquecida no segundo a seguir. Já não lhe ligo às promessas, já não lhe relembro como foi. Ou como fiz. Oiço. E já não lhe acredito nas palavras...

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